Ministro rebate dados sobre remoções de famílias por causa da Copa

Cerca de 10,8 mil famílias foram desalojadas para dar lugar a obras da Copa do Mundo, de acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

Moradias removidas em Belo Horizonte

O número, apresentado nesta quinta-feira (10) em entrevista coletiva no Centro Aberto de Mídia da Copa, contradiz as estimativas divulgadas por movimentos sociais de que aproximadamente 250 mil pessoas foram desalojadas por causa das construções preparatórias do megaevento.

“Fomos a campo verificar se essas pessoas haviam tido a assistência merecida e, ao fazer esse estudo, nos deparamos com um número muito menor que o propalado por entidades e que, de tanta repetição, se tornou uma verdade”, disse. "São números infundados. Porém, mais importante do que o número é cuidar para que nenhuma dessas famílias fique sem a reparação necessária,” acrescentou o ministro.

“É muito grave desalojar uma família, pois não é somente mudar a casa, é mudar o hábito, as amizades. Esse é um tema muito caro e cuidaremos para que nenhuma dessas famílias fique sem a reparação adequada do prejuízo eventual que elas sofreram”.

O estudo do governo mostra que, do total de desapropriados, 7.375 famílias ganham até três salários mínimos e 3.429, mais de três salários mínimos. O maior número de remoções ocorreu no Rio de Janeiro, 2.038, apenas com a obra do Bus Rapid Transport (BRT) Transcarioca. Porto Alegre foi a segunda cidade com o maior número de remoções, com 2.318 famílias desalojadas.

Fonte: Agência Brasil