Exército e islamistas iraquianos mantêm combates intensos

Milicianos islamistas atacaram nesta quarta-feira (30) um quartel do Exército iraquiano em Ramadi, a capital da ocidental província de Al-Anbar em várias de cujas cidades se registram intensos confrontos com um elevado número de vítimas fatais.

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Uma fonte de segurança informou que homens armados filiados ao Estado Islâmico (EI) assaltaram com disparos de morteiro o quartel general da Oitava Brigada das Forças Armadas no norte de Ramadi, mas se recusou a revelar se houve baixas entre os militares.

O comando militar confirmou, no entanto, que os combates iniciados na terça-feira entre suas unidades e "takfiristas" (fundamentalistas sunitas) continuam na área de Qarma, situada ao leste de Faluja, a outra cidade importante de Al-Anbar.

Os enfrentamentos com uso de armas leves e médias deixaram pelo menos vinte vítimas, além de significativas perdas materiais, segundo o relatório, enquanto fontes do hospital de Faluja indicaram que sete civis sofreram lesões por bombardeios da aviação governamental.

Segundo um porta-voz médico, as sete pessoas feridas pelos ataques aéreos residiam nas comunidades de Al-Golan, Al-Shuhadaa e Nazal, em Faluja, enquanto outras vítimas viviam nos distritos de Al-Ratba e Qaim, no oeste de Al-Anbar próximo à fronteira com a Síria.

Para enfraquecer extremistas do DAESH, nome árabe do EI, nas áreas residenciais, as autoridades coordenaram um contra-ataque terrestre de militares apoiados pela aviação, efetivos de segurança especializados em luta antiterrorista e voluntários xiitas e sunitas moderados.

Fontes policiais agregaram que pelo menos 10 jihadistas (partidários da guerra santa islâmica) pereceram nas últimas horas como consequência de operações armadas lançadas pelo Exército contra Albu Bala, ao leste de Ramadi, e a própria Qarma.

Dados revelados pelo hospital geral de Faluja indicam que desde que começou a ofensiva do então chamado Estado Islâmico do Iraque e Levante naquela região do oeste do país, há mais de sete meses, foram contabilizados entre os civis 672 mortos e 2.174 feridos.

Informou também que desses totais, 17% dos falecidos foram crianças e 19% mulheres, entre os feridos, a proporção foi de 19 para os infantes e 21 para as mulheres.

Não obstante, as fontes reconhecem que as cifras não são precisas porque muitos mortos foram enterrados sem chegar ao hospital e vários feridos receberam tratamento em centros próximos a suas moradias.

Por outro lado, camponeses iraquianos denunciaram o roubo a fazendas e de gado por parte do EI depois de tomar o povoado cristão de Qaraqosh, também conhecido como Al-Hamdaniya, onde forçaram o êxodo de 50 mil residentes a Dohuk e Erbil, a capital do Curdistão, segundo o canal Al-Jazeera.

Fonte: Prensa Latina