Chanceler britânico considera intolerável situação de palestinos
O ministro britânico de Relações Exteriores, Philip Hammond, teve de reconhecer neste domingo (3) a intolerável situação da população palestina em Gaza, onde os ataques de Israel deixaram um saldo de mais de 1.600 mortos.
Publicado 03/08/2014 16:01

Instigado pelas críticas do dirigente do opositor Partido Trabalhista, Edward Miliband, contra o governo por seu silêncio sobre a tragédia em Gaza, Hammond afirmou que se unia à preocupação dos cidadãos britânicos pelo sofrimento dos palestinos.
Milliband declarou no sábado (2) que o premiê conservador David Cameron cometia um erro ao evitar uma condenação à agressão de Telavive e guardar silêncio sobre a morte de centenas de civis inocentes em Gaza, destaca a corrente de rádio e televisão BBC.
Para o líder trabalhista, o governo britânico deve enviar uma clara mensagem à direção israelense de que sua agressão contra Gaza é injustificável e intolerável.
O chefe da diplomacia britânica declarou ao diário Sunday Telegraph que a crise em Gaza, onde apenas nesta jornada foram mortas 30 pessoas, quase todas civis, ameaça se converter em um interminável ciclo de violência.
Hammond reiterou, ademais, seu chamado a realização de uma trégua sem condições prévias entre Telavive e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), o anunciado alvo dos ataques da aviação e a artilharia israelenses desde o 8 de julho passado.
Cameron mantém sua posição sobre o "direito israelense" a defender-se, ainda que Milliband considere que a reação de Telavive ante disparos de foguetes do Hamas é totalmente desproporcional.
Nas últimas semanas, o exército israelense atacou escolas, hospitais, ambulâncias, campos de refugiados da ONU e moradias em Gaza, uma zona de 362 quilômetros quadrados, onde vivia 1,8 milhão de pessoas, antes de se iniciar a ofensiva.
Fonte: Prensa Latina