Bares e restaurantes sem água em SP já contam prejuízos

O racionamento não assumido pelo governo paulista no fornecimento de água causa prejuízos aos comerciantes. “Fator básico para quem trabalha com comida e bebida é a limpeza”, diz Marila Milioni, do bar Vila Seu Justino, que, para não ficar refém da Sabesp, planeja mudar as quatro caixas de água, com capacidade de total de 2 mil litros, para reservatórios maiores. 

"A falta de água afetaria absurdamente nosso funcionamento. Estamos tomando todas as atitudes para que isso não nos atinja”, diz Marila.O Restaurante Alternativa Casa do Natural passou mais de 24 horas sem fornecimento de água e a casa teve que fechar as portas neste príodo. Apesar de não saber precisar, o gerente Wilson Araújo calcula que o prejuízo tenha ficado acima dos R$ 5 mil. “Ligamos para a Sabesp e eles falaram que era um problema de vazamento de válvula, mas que logo seria consertado. Ficamos um dia sem água. Isso para mim é consequência de racionamento”, disse Araújo.

O Sindicato de hotéis, restaurantes, bares e similares de São Paulo (SinHoRes-SP) manifestou publicamente a preocupação em relação ao abastecimento de água. “O que fazemos é orientar as empresas a buscarem soluções alternativas, caso se agrave o problema de água”, explicou Ênio Miranda o diretor da confederação nacional de turismo do SinHoRes-SP.

Bares e restaurantes na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, também reclamaram da falta d'água e alguns comerciantes tiveram que fechar suas portas. "Já na terça-feira ficamos sem água a partir do fim da tarde e ela não voltou, então não conseguimos fazer almoço nem jantar. Tivemos de informar aos clientes que não poderíamos servir nenhuma comida", afirmou Solange Ribas, subgerente do Restaurante Alternativa Casa do Natural, na Fradique Coutinho.

Bares na Rua Wisard também relataram o mesmo problema. O bar Piratininga informou que ficou sem água todo o dia e que ela só retornou às 18h, mesmo caso do Empanadas Bar. Os estabelecimentos não registraram problemas com a clientela.

O Coffee Lab, por sua vez, não pôde abrir. Isabela Raposeiras, dona da marca, reclamou no Facebook que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) não avisou sobre a falta de água. "Vamos aproveitar o dia para fazer treinamentos", afirmou.

Fonte: Agência PT de Notícias e Portal da Tarde