Lindberg defende metrô até a Baixada em debate na CAARJ
Lindberg Farias, candidato ao governo do estado pela Frente Popular (PT- PCdoB -PV-PSB) participou nesta terça-feira, 5 de agosto, de um debate sobre transporte público, realizado na Caixa de Assistência dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro (Caarj), no Centro do Rio.
Publicado 06/08/2014 16:18 | Editado 04/03/2020 17:03

Durante o encontro, ele defendeu suas propostas para melhorar as condições de mobilidade da população. Dentre elas, levar o metrô da Pavuna até a Baixada Fluminense e transformar os trens da SuperVia em metrô na superfície. Essa ação, que contaria também com a modernização das estações e com intervalos menos espaçados dos trens, custaria R$ 4 bilhões:
“Isso poderia aumentar também o número de usuários do transporte público. Em algumas áreas, onde há cruzamento da linha férrea com pistas de carros, seriam construídas passagens subterrâneas ou viadutos. É um projeto que tem impacto urbano em áreas como Méier e Madureira”, disse o senador petista.
Em suas caminhadas pela Baixada e Região Metropolitana, Lindberg Farias tem ouvido sucessivos relatos de moradores que se dizem cansados muito mais com o tempo que gastam em transporte do que com o próprio trabalho:
“Precisamos unir esforços para que o Rio menos favorecido se aproxime do outro Rio, que teve mais atenção do governo estadual nos últimos anos”, salientou.
O candidato defendeu também maior rigor na fiscalização de agências reguladoras dos serviços de mobilidade do estado.
“Nessa área, o Estado foi omisso como um todo e capturado pelos interesses das empresas (concessionárias). Isso é um absurdo”, afirmou.
Segundo Lindberg, faltou a presença de um Estado fiscalizador na área de transporte no Rio.
“O Estado do Rio não está cumprindo seu papel de fiscalizar e regular. Tem de fazer cumprir os contratos. Nessa área de transporte, as pessoas querem uma posição firme do Estado”, concluiu.
Sabatina
Pela manhã, o candidato abriu a sabatina organizada pelo SBT, o Portal UOL e o jornal Folha de São Paulo. Durante o encontro, defendeu suas propostas e reafirmou seu compromisso de, se eleito, fazer um governo que dê prioridade aos trabalhadores do Estado. Segundo ele, nos últimos anos uma parte significativa do Rio de Janeiro foi abandonada:
“O governo se afastou da vida das pessoas, deu as costas para o povo”, disse, na entrevista, ressaltando ser preciso unir os dois Rios.
Lindberg afirmou que pretende ser o governador da educação. Criar uma nova escola, oferecer qualificação profissional e contribuir para o primeiro emprego. Segundo ele, é possível construir 100 Centros Integrados de Educação Pública (Cieps) a um custo de R$ 1 bilhão.
“Quero fazer os Cieps do século 21, mais tecnológicos que aqueles dos anos 1980 e com ênfase na valorização dos professores. Temos que ter uma nova escola para atrair e engajar a juventude. Temos que fazer uma política dirigida a esses jovens”, destacou, lembrando que, atualmente, cerca de 30% dos jovens do Estado não estudam nem trabalham.
O problema de segurança pública foi outro assunto abordado na entrevista, realizada no estúdio do SBT, no Rio de Janeiro. Novamente, o candidato se queixou da falta de policiamento nos bairros mais carentes, Região Metropolitana, Baixada e cidades do interior. Lindberg reafirmou seu propósito de reforçar os batalhões para dar mais segurança à população.
“Em vários lugares, o que vale é o policiamento ostensivo nas ruas. Ampliar demais as UPPs é um erro. Vou dar um freio de arrumação”.