“Alckmin está matando o Cantareira para se eleger”, diz Padilha
“O governo do Estado está sendo responsável por um dano ambiental muito grave. Alckmin está matando o Sistema Cantareira para se eleger. Está usando o volume morto, enquanto o racionamento para população é vivo”. A declaração do candidato da coligação “Para Mudar de Verdade” (PT/PCdoB/PR), Alexandre Padilha, foi dada durante sabatina realizada nesta quinta-feira (7) pelo jornal O Estado de São Paulo.
Publicado 08/08/2014 09:53
Padilha cobrou transparência do governo Alckmin no racionamento de água em São Paulo. “Existe racionamento em Campinas desde dezembro, o volume de água que abastece Guarulhos foi reduzido em fevereiro, falta água em vários bairros de São Paulo durante à noite. Criou-se em São Paulo o vento encanado noturno. O governo do Estado não fez as obras que deveria ter feito há 10 anos e deveria agora assumir o racionamento que já está acontecendo. Eu vou tirar do papel as obras que já deveriam estar concluídas, através do nosso programa Água Dia e Noite”.
O programa “Água Dia e Noite”, divulgado pelo candidato, é baseado em três eixos de execução: o primeiro é a realização de obras estruturantes para ampliar a capacidade de armazenamento de água em todo o Estado, previstas há 10 anos e que não foram feitas pela Sabesp; obras para interligar os reservatórios existentes, aumentar a captação e o tratamento de água. O segundo eixo são ações para diminuir o desperdício de mais de 32% da água tratada, substituindo tubulações da rede. O terceiro eixo são soluções inovadoras como o reuso da água em pólos petroquímicos.
Indagado sobre as diferenças entre as candidaturas postas na disputa eleitoral ao governo do Estado, Padilha ressaltou alguns dos principais pontos. “O PSDB estuda, estuda, estuda e não faz. O PT estuda e coloca em prática as ações que o povo necessita. O PSDB governa este Estado há 20 anos e não resolveu o problema da água, da educação, da segurança pública. Existe outra candidatura que representa os governos anteriores ao PSDB, desde os anos 70 até os anos 90”, disse. “Eu vou fazer um governo para todo o Estado de São Paulo. Fui ministro dos governos Lula e Dilma, que iniciaram um ciclo de crescimento histórico no país, reduzindo as desigualdades do país, criando universidades, cotas para negros. Houve ganhos também daqueles que investiram no país. Eu sou um candidato que nunca defenderá cobrança de mensalidades nas universidades públicas e sou o único candidato que defende cotas nessas universidades”, declarou Padilha.
O candidato também foi questionado sobre o cartel do Metrô. "Com o nosso governo, não tem corrupção no metrô, não tem corrupção pra debaixo do tapete", afirmou. “A corrupção só apareceu porque autoridades internacionais, a Polícia Federal e o Cade realizaram a investigação. No âmbito do governo do Estado não houve investigação”. Padilha afirmou que, se eleito, criará uma central de monitoramento das obras vinculada diretamente ao gabinete do governador. ‘’Nós vamos fazer em quatro anos o que eles estavam prometendo fazer até 2020, e agora 2030. Eu vou levar o metrô até o ABC, Taboão da Serra, Guarulhos e concluir a linha até Brasilândia."
Acompanharam a sabatina, no auditório do jornal, o presidente estadual do PT e coordenador da campanha de Padilha, Emídio de Souza, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, e o senador Eduardo Suplicy, candidato à reeleição.
Fonte: Analítica Comunicação