Presidente do Irã critica negociação sobre o programa nuclear do país
O Irã se recusa a incluir seu programa de mísseis nas negociações sobre a questão nuclear. O assunto foi abordado pelo presidente do país, Hassan Rouhani, em virtude das reuniões que ocorrem sobre o assunto com representantes de diversas nações.
Publicado 18/08/2014 14:41

O líder iraniano deixou isso claro durante um encontro com o secretário-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Yukiya Amano, em visita ao país asiático. Rousani disse que o Irã não vai colocar seu programa de mísseis na mesa de negociações em qualquer nível.
O presidente assinalou ainda que o país não procura nenhuma atividade que supere o uso de urânio para fins pacíficos. Ele sublinhou que Teerã já ofereceu várias facilidades para as inspeções internacionais.
Até o dia 20 de julho, os representantes destes países e o Irã haviam realizado seis rodadas de negociações sobre o programa nuclear, sem chegar a nenhum acordo integral. Os lados envolvidos decidiram prolongar o prazo de diálogo por quatro meses. Além das divergências sobre as limitações na capacidade de enriquecimento de urânio, os negociadores também debateram fortemente sobre o Complexo Militar de Parchin e o programa de mísseis do Irã.
Reinteradas vezes, os iranianos já afirmaram que não pretendem usar a tecnologia nuclear para a produção de produtos bélicos, assim como, já foi destacada a importância de utilizar este tipo de energia para o desenvolvimento do país, direito este, que o Irã não pretende abrir mão. Mesmo com os iranianos afirmando que estão abertos para inspeções internacionais, este tema sempre gera polêmica e desconforto, em especial com os países ocidentais alinhados as políticas intervencionistas dos EUA.
No entanto, os mesmos norte-americanos que atuam contra o desenvolvimento de tecnologia nuclear pacífica no Irã apoiam militar e economicamente Israel, país o qual promove severas intervenções militares contra os palestinos, em especial na Faixa de Gaza. Além disso, os israelenses não são vítimas de constantes questionamentos e inspeções internacionais, ao contrário, ao que se sabe, pesquisam a energia nuclear sem que isso seja se quer mencionado nas mesmas proporções em uma comparação com o Irã.
Tayguara Ribeiro, da redação do Vermelho,
com informações da Rádio China