Rede Brasil define estratégias de cobertura nas eleições

O portal da Rede Brasil Atual (RBA) publicou editorial nesta quarta-feira (20) em que aponta como será a cobertura do veículo nas eleições de 2014 e anuncia que fará uma série de reportagens, artigos e entrevistas com o “objetivo de aprofundar os debates”, mas “sem alimentar visão de que todos são iguais”.

Rede Brasil Atual - Reprodução

“Ressaltamos que, se depender de um único meio de comunicação ou de um grupo de produtos jornalísticos de mesmo perfil, o leitor-eleitor tenderia a desacreditar cada vez mais dos processos políticos: ainda que TVs, rádios, jornais e revistas normalmente evitem tornar públicas suas preferências partidárias ou ideológicas, essa opção sempre existe e molda a própria notícia”, diz o editorial da RBA.

O papel da imprensa nas eleições ganhou novo embate esta semana com a entrevista da presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, ao Jornal Nacional, da Rede Globo, na última segunda-feira (18). Durante os 15 minutos de entrevista, os apresentadores William Bonner e Patrícia Poeta fizeram 25 interrupções, impedindo que Dilma concluísse as suas respostas. Na entrevista do candidato tucano, Aécio Neves, por exemplo, foram apenas 4 interrupções.

Mas além da manipulação da informação, a grande mídia tem feito uma campanha de descrença generalizada das instituições políticas e governamentais. Desde as manifestações de junho do ano passado, há uma tentativa de caracterizar os atos como antipolíticos ou antipartidos.

“Qualquer discurso que criminalize a política, que a arremesse à vala ‘do todos são corruptos’, carece de direção. Na verdade, é vulnerável a manobras autoritárias. Generalizantes, são impulsionadas por argumentos que funcionam apenas como ferramentas de marketing, instrumento mobilizador dos setores mais conservadores da sociedade que, geralmente, promovem o massacre de direitos civis e sociais”, enfatiza a RBA.

Temas fundamentais

Para a cobertura jornalística, a Rede Brasil elencou cinco temas fundamentais: Neste sentido, entendemos como central, nestas eleições, o debate dos temas abaixo: reforma política com financiamento público de campanha; regulamentação dos meios de comunicação, de acordo com o previsto na Constituição de 1988 e nunca efetivado pelo Congresso; valorização do papel do trabalhador na sociedade; e o fortalecimento do papel do Estado.

“Acreditamos que o papel do jornalismo é justamente jogar luz sobre aquilo que não é tratado publicamente, sobre o que não é prioridade, mas deveria ser”, frisa a RBA.

Redação do Portal Vermelho
Com informações da Rede Brasil