Serra é intimado pela PF para depor sobre cartel de trens e metrô

O ex-governador de São Paulo e candidato ao Senado, José Serra (PSDB), foi intimado pela Polícia Federal (PF) para depor sobre o cartel de trens e metrô, o chamado “trensalão tucano”. O depoimento foi marcado para o dia 7 de outubro, dois dias após as eleições.

Serra. Foto: O Globo

A Polícia Federal quer investigar os contatos que Serra manteve com as empresas que participaram do esquema para vencer e lucrar com as licitações públicas em São Paulo.

Segundo as investigações, o esquema do cartel de trens vigorou em gestões tucanas desde 1998 e agiu em São Paulo por dez anos, e pode ter causado prejuízo de mais de R$ 400 milhões aos cofres públicos.

Em fevereiro deste ano, o Ministério Público de São Paulo, abriu inquérito civil para apurar suposta omissão do então governador José Serra, na gestão de 2007 a 2010, em coibir a ação do cartel do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

“Segundo a representação, o ex-governador José Serra supostamente sabia que as empresas do ramo metroferroviário, dentre elas Alstom e Siemens, teriam fraudado as licitações, mediante a formação de cartel, o superfaturamento dos preços ofertados o pagamento de propinas a funcionários públicos, tendo, inclusive, sido delas alertado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Mas, mesmo assim, não teriam tomado às medidas cabíveis”, dizia a nota da promotoria.

Levantamento realizado pelo jornal Folha de S. Paulo aponta que três contratos de manutenção assinados em 2007 pela CPTM apresentam indícios de cartelização e custaram R$ 300 milhões a mais do que mesmos serviços contratados em 2012. No inquérito policial, três das sete ocorrências sob investigação, aconteceram no governo José Serra.

Além de Serra, foram convocados mais 44 pessoas, entre elas, o ex-secretário dos Transportes Metropolitanos José Luiz Portella, o atual presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Mário Bandeira, e o ex-presidente do Metrô, Sérgio Avelleda.nte do Metrô, Sérgio Avelleda.

Da redação 
Com agências