Por que a presidenta Dilma nos representa

É importante lembrar que Dilma foi militante da democracia e lutou por ela, estando presa nos anos de chumbo que marcaram a ditadura militar. Ela faz parte da história de luta por liberdade e democracia no Brasil, onde muitas pessoas tombaram dando a vida pelo sonho de um País menos injusto socialmente, como vivemos hoje.

Por Fátima Teles e Dislene de Lemos para o Portal Vermelho

Dilma coração valente - Reprodução

Para a história do Brasil, a criação da Comissão Nacional da Verdade é um marco histórico de seu Governo, levantando assim a bandeira da democracia, uma vez que rasga os véus guardados pela ditadura militar e faz com que todos (as) nós possamos ter direito de conhecer a história de brasileiros e brasileiras que foram presos (as), torturados (as), chegando a tombarem, entregando suas vidas pelo sonho de verem o Brasil como um País menos desigual economicamente e menos injusto socialmente. Era o sonho de uma nova ordem societária.

Os familiares dos mortos e desaparecidos políticos tiveram direito ao conhecimento da verdade e a saber onde de fato tombaram seus filhos e suas filhas. As gerações que hoje estão tendo esse conhecimento só tomarão consciência daqui a alguns anos quando a necessidade do passado for imprescindível para compreensão do presente e construção do futuro. No futuro próximo, a educação pedirá isso. É preciso sonhar! É preciso acreditar!

A sanção da Lei 12.528 de 2011, com a instalação da Comissão Nacional da Verdade (CNV), em 16 de maio de 2012, para investigar violações de direitos humanos graves, ocorridos no período de 18 de setembro de 1946 a 5 de outubro de 1985, pelo Estado, foi de grande relevância para a construção histórica do futuro do nosso País e representa o hasteamento da democracia no Brasil.

A continuidade do Prouni, criado pela Lei 11.096, de 13 de janeiro de 2005, que vem conceder bolsa de estudo integrais e parciais de 50% em instituições privadas de educação superior, contribuindo assim com a inserção de centenas de estudantes, brasileiros e brasileiras, em universidades, realizando o sonho de ter uma graduação, é digna de aplausos.

A ampliação do Fies para cursos de pós- graduação Stricto Sensu, já a partir de 2015, irá contribuir com a inserção de milhares de profissionais que sonham com o mestrado e o doutorado. Segundo o Ministério da Educação, essa nova modalidade do Fies terá 31,6 mil beneficiários matriculados em mais de 600 programas de pós-graduação Stricto Sensu ofertados por cerca de 170 Instituições privadas.

A continuidade do programa de aquisição de alimentos (PAA), instituído pela Lei 10.696, de 2 de julho de 2003, que promove o acesso a alimentação às populações em situação de insegurança alimentar e promove inclusão social e econômica no campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar também tem enorme importância. A alimentação adentra às escolas municipais, através da merenda escolar e atende as famílias dos Centros de Referências de Assistência Social, nutrindo as famílias beneficiárias do Programa Bolsa família.

O mesmo pode ser dito sobre a implantação de escolas técnicas federais, com tempo integral, onde os (as) alunos (as) de ensino médio, além de adquirir conhecimento curriculares, no outro turno adquirem conhecimento de uma área, saindo aptos (as) para o mercado de trabalho ou para uma faculdade.

A continuidade dos programas sociais oriundos do Plano Brasil sem miséria retirou milhares de famílias da extrema pobreza, dando autonomia às mulheres, chefes de família, para a aquisição de bens de consumo, melhorando substancialmente a vida das mesmas.

Na Saúde, a criação do programa Mais Médicos para superar a carência de profissionais médicos na rede básica de saúde, em caráter emergencial, foi um grande feito do governo Dilma. O programa Mais Médicos tem sido capaz de resolver 80% dos agravos de saúde da população, diminuindo a procura aos hospitais, seu principal objetivo. O Ministério da Saúde tem ampliado a cada ano os recursos destinados à atenção básica. Esse investimento se reflete positivamente na assistência à população.

Não podemos esquecer a criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres e a criação da Secretaria de Direitos Humanos, responsável pela articulação interministerial e intersetorial das políticas de promoção e proteção aos direitos humanos no Brasil. Criada em 1977 dentro do Ministério da Justiça, foi alçada ao status de ministério em 2003. No ano passado (2010), a Secretaria ganhou o atual nome. Essas secretarias fazem parte do projeto do Partido dos Trabalhadores e atuam desde o governo Lula , tendo continuidade no Governo de Dilma Rousseff.

Claro que Dilma me representa, pois como profissionais que trabalham com a área social, vemos muitas famílias que circundam nos territórios onde atuamos serem beneficiadas com os programas de transferência de renda e gozarem de uma vida melhor, alimentando-se melhor, vestindo-se melhor, vivendo melhor.

As pessoas que fazem discurso contra os programas de transferência de renda como o Programa Bolsa Família, chamando-o de Bolsa preguiça, são aquelas que ainda mantêm o pensamento arraigado na casa grande, que têm saudade do trabalho escravo, de uma época em que a classe menos favorecida não tinha perspectiva de melhoria, pois, o que ganhava mal dava para alimentar a prole. A partir do Governo liderado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), essas famílias menos favorecidas estão podendo realizar o sonho de ver seus filhos e suas filhas se formarem em graduações que antes eram privilégio apenas da elite brasileira. É comum vermos essas famílias comprarem a sua televisão de plasma e viajarem de avião, fazer chek-in no mesmo aeroporto e voo da classe rica. Isso incomoda , não é ?

Este é o Brasil que estamos construindo. Conforme analisa o economista Márcio Pochmann, sobre o incômodo de algumas pessoas com a ascensão de brasileiros de baixa renda após o governo liderado pelo PT,
existe a questão do status. “A patroa vai para Miami e vê a empregada doméstica. O cidadão compra um carro, mas aí vê que o porteiro também tem carro novo. Essa classe média não nos quer”, disse o economista.

Um novo País, um novo Brasil menos injusto socialmente e menos desigual economicamente. Queremos percorrer esse caminho, continuando o projeto iniciado pelo PT.

O Brasil politicamente foi mal administrado durante mais de 500 anos. Ainda temos sérios problemas. Porém, durante os governos de Lula e Dilma avançamos consideravelmente. O compromisso de cada brasileiro e de cada brasileira deve ser exatamente com a continuidade dessa construção. O futuro nos espera e o Brasil será aquilo que estamos construindo na contemporaneidade.

Não sejamos egoístas. O Brasil que queremos talvez nós não o vejamos em nossa própria existência nossa, mas construamos para que as gerações posteriores possam gozar de um País mais acessível, com mais direitos e com todos os direitos garantidos. Os nossos ancestrais não gozaram de uma vida melhor, mas não hesitaram em lutar e construíram o Brasil que temos hoje, quando muitos deles não tiveram direito nem à educação. Nós fazemos parte de uma geração que pôde ter mais de uma graduação e devemos continuar na luta para que a nossa descendência e a juventude que hoje está aqui possa ter uma vida melhor amanhã.

Referências bibliográficas
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2014/07/mec-amplia-o-fies-para-alunos-de-mestrado-doutorado-e-curso-tecnico.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Comiss%C3%A3o_Nacional_da_Verdade
http://siteprouni.mec.gov.br/
http://www.mds.gov.br/segurancaalimentar/decom/paa