Na Bahia, Dilma diz que Educação será seu carro-chefe

A presidenta e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, realizou nesta sexta-feira (29) em Salvador, Bahia, visita no Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec) do Senai e conversou com alunos beneficiários dos programas Pronatec e Ciência sem Fronteiras. Dilma também participou de caminhada com grupos culturais no pelourinho e respondeu aos jornalistas sobre a queda no PIB no segundo trimestre do ano. "A turbulência é momentânea e não será duradoura".

Foto Ishiro Guerra

Em sua visita, Dilma falou sobre o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e assegurou que seguirá fazendo os investimentos estratégicos necessários para o país continuar crescendo. Segundo Dilma, a Educação será o carro-chefe. “Esse é um programa pelo qual tenho um especial orgulho. Tenho dito que vamos entrar num novo ciclo de crescimento no Brasil e que as coisas estão sendo plantadas para isso”, declarou a presidenta.

Dilma lembrou ainda que o programa está melhorando a vida de milhões de brasileiros. “O Brasil precisa de gente qualificada agora, homens e mulheres qualificados. E o Pronatec foi feito para os adultos e jovens de hoje, para lhes dar oportunidades. O Pronatec é capacitação de qualidade, melhora a renda e a vida da família”, disse.

O Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec) é um dos braços do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) da Bahia. A unidade foi inaugurada em 2002 para formar profissionais qualificados para atuar em processos industriais automatizados. Atualmente conta com uma Escola Técnica, um Centro Tecnológico e uma Faculdade, servindo à indústria e à sociedade.

Cimatec

Dilma conheceu três laboratórios (de Polímeros, Microeletrônica e Robótica) e conversou com os alunos beneficiados pelo programa. “Fiquei encantada com a unidade de polímeros, porque lá eles estão criando materiais. Combinam plástico com sisal e dá um material que pode ser usado, por exemplo, nas unidades do Minha Casa Minha Vida, tanto na parte de cerâmica, quanto na parte de revestimento”, disse.

“O Brasil precisa de uma quantidade muito grande de técnicos. E precisa também de institutos federais como o Cimatec, porque aqui tem um nível de laboratório que é para de fato modernizar a nossa indústria e criar um novo padrão industrial no Brasil”, concluiu a presidenta.

Queda do PIB

Ao ser questionada pela imprensa sobre a queda do PIB de 0,6% no segundo trimestre, dado apresentado nesta sexta-feira (29), a presidenta Dilma demonstrou que não há motivo para desespero. Para ela, a turbulência é momentânea e não será duradoura.

Dilma afirmou que a queda do PIB foi causada pelo número de feriados, "o maior da história", por causa da Copa do Mundo. A presidenta apontou ainda que apenas EUA, China e Reino Unido tiveram crescimento e a maioria dos países da América Latina – como Chile, Peru e Colômbia – sofreu com a queda do preço das comodities.

Ainda assim, de acordo com a presidenta, "o governo está criando condições para que no próximo trimestre haja uma grande recuperação".

Dilma prometeu que se for reeleita vai retomar a reforma política com uma atuação de Estado "sem burocracia" e com redução de impostos na folha de pagamento das empresas e na cesta básica.

“O sistema brasileiro está moderno, mas a estrutura política ainda é de 20 anos atrás”.

Cultura baiana

No Pelourinho, em Salvador, Dilma gravou imagens para o programa eleitoral da sua campanha à reeleição e visitou a sede do grupo Olodum, onde foi homenageada por grupos ligados à cultura afro, por ter sancionado a lei 12.391, que determina a inscrição dos nomes dos principais líderes da Revolta dos Búzios no Livro de aço dos Heróis Nacionais. Depois da atividade, Dilma seguiu para a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.

No sábado (30) pela manhã, a presidenta Dilma tem encontro marcado com prefeitos paulistas, na cidade de Jales, a 586 quilômetros da capital paulista.

Da redação,
Com agências