Rússia adverte contra presença da Otan nas suas fronteiras

O chefe de gabinete do governo russo, Sergei Ivanov, afirmou nesta segunda-feira (1º/9) que a presença da Otan nas fronteiras da Rússia não tem nada a ver com a segurança europeia e apenas desestabiliza a situação na região.

Seguei Ivanov, chefe de gabinete da Rússia - Prensa Latina

“A segurança internacional vai aumentar? Alguém acredita seriamente que a Rússia se prepara para uma suposta agressão à Ucrânia? Ou é apenas um truque psicológico para trazer a infraestrutura militar da Otan até às fronteiras da Rússia?” Ivanov afirmou ainda que as ações da Otan não têm qualquer sentido e trata-se de "politicagem".

“Declarações sobre a necessidade de reforçar a segurança nas fronteiras orientais só vão atiçar as contradições entre a Rússia e a Otan”, reiterou.

Na última sexta-feira (29), o governo ucraniano declarou de forma incisiva seu desejo de integrar a Otan, em busca de apoio político-militar dos Estados Unidos e seus aliados na Europa.

Bom senso

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, espera que o bom senso vá prevalecer em relação as sanções ocidentais por conta da crise na Ucrânia.

"Espero que o bom senso prevaleça, triunfe, e vamos trabalhar num contexto normal e em conformidade com as realidades modernas. Nem nós, nem os nossos parceiros teremos de suportar os custos dessas atitudes", apontou Putin numa reunião sobre o apoio de Estado aos projetos de investimento prioritários no Extremo Oriente da Rússia.

Na manhã desta segunda-feira (1º/9), o titular da pasta das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, disse que Moscou se vê obrigada a responder às sanções ocidentais, mas o esquema "olho por olho, dente por dente" não corresponde aos enfoques da Rússia. De acordo com o chanceler, a Rússia "está apelando constantemente à razão, mas ainda não conseguiu despertá-la".

Tayguara Ribeiro, da redação do Vermelho,
com informações da Prensa Latina e da Voz da Rússia