Repúblicas insurgentes exigem igualdade com Kiev

"Nossa postura baseia-se em exigir negociações de igual para igual com Kiev. Não admitimos nenhum status especial", sustentou em uma entrevista transmitida pela emissora russa Bussines FM.

Zakhártchenko disse que poderia ser aceitável um adiamento da definição do status, e depois ressaltou que "isso já é outra coisa".

Insistiu em que o mais importante é a saída total das tropas ucranianas dos territórios de Donetsk e Lugansk (a região conhecida como Bacia do Don), e reiterou que só cumprido esse objetivo as partes poderão iniciar um diálogo com igualdade de direitos.

Enfatizou que Donetsk e Lugansk não querem ficar dentro da Ucrânia nem territorial nem politicamente nem na esfera financeira. Só como partes iguais, declarou durante a entrevista.

Os esclarecimentos do chefe de Governo da RPD guardam relação com o expressado ontem por um porta-voz insurgente na reunião do Grupo de Contato para a busca de uma solução do conflito ucraniano.

Participaram do encontro representantes das Repúblicas Populares de Donetsk e de Lugansk, o Governo ucraniano, a Rússia e a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa.

Durante a discussão, o vice-primeiro ministro da RPD, Andrei Purguín, expressou que os territórios insurgentes exigem de Kiev um status especial respaldado por uma garantia legislativa.

"Trata-se de um espaço comum de segurança da Ucrânia, da RPD e da RPL, e da restauração pós-bélica das relações econômicas, culturais e sociais no país", destacou.

Zakhártchenko explicou que as palavras de Purguín foram distorcidas e especificou que "ele não estava autorizado a fazer declarações políticas".

"Como podemos conservar um território político único, quando já morreram tantas pessoas?", perguntou o premiê rebelde.

O Grupo de Contato voltará a reunir-se em Minsk, Belarus, no próximo dia 5 de setembro, informaram as fontes.

Fonte: Prensa Latina