Ucrânia aprova adesão à Otan

O governo ucraniano aprovou um projeto de lei que permite a revogação do estatuto neutro e traça um planejamento de entrada para a Otan, anunciou, nesta quarta-feira (3), o premiê, Arseni Yatsenyuk.

Anders Fogh Rasmussen

“Nas vésperas da cúpula da Aliança colocamos o objetivo de obter um estatuto especial nas relações entre a Ucrânia e a Otan, devendo essa última atribuir à Ucrânia um estatuto específico de parceiro número um”, frisou.

“A melhor solução seria a decisão sobre a adesão do país à Otan", acrescentou. "Mas, tal opção não seria fácil para os membros da Aliança Atlântica”.

A reunião de cúpula da Otan irá acontecer no País de Gales, nos dias 4 e 5 de setembro, quando serão discutidas, principalmente, as ações que serão tomadas em relação a crise no leste ucraniano.

No entanto, a simples revogação do estatuto ucraniano de neutralidade e não alinhamento não dá à Ucrânia uma possibilidade real de se incorporar a Otan. A avaliação de especialistas é de que esta é uma atitude com vistas nas eleições internas que se aproximam. A análise é que a permissão para que os ucranianos integrem a Aliança do Norte deve ser muito mais burocrática do que o discurso que tem sido propalado pelas autoridades.

As normas adotadas na Otan não admitem a filiação de países em disputas territoriais. Como se sabe, a Ucrânia reclama o retorno da Crimeia, que se reintegrou a Rússia após um refendo realizado em março deste ano.

Também nesta quarta-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou um acordo militar com a Estônia. A medida gera tensão nas relações com a Rússia, país com o qual a Estônia possui fronteira.

O acordo, que visa o reforço da presença militar dos EUA nos países Bálticos, inclui a instalação de mais unidades da Força Aérea norte-americana, aviões para a realização de manobras, na base naval da Estônia.

Da redação do Vermelho,
com informações da Voz da Rússia