Publicado 04/09/2014 11:54 | Editado 04/03/2020 16:45
Uma das principais propostas do Programa de Governo do candidato Flávio Dino é o reforço das Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros. Nesta quarta-feira (3), ele participou de um café da manhã, promovido pelo Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão (Sinpol), onde pôde apresentar as principais metas para assegurar a melhoria das condições de trabalho e consequente atendimento de mais qualidade às demandas da população.
“Eu defendo uma polícia forte e com autonomia. Eu não tenho medo de polícia, quem tem envolvimento em práticas criminosas não tem interesse em uma polícia forte. Eu jamais vou querer a polícia como instrumento de exercício de poder”, disse Flávio Dino, afirmando que a instituição atuará com independência técnica.
Relembrando a atuação como juiz federal por 12 anos, o candidato afirmou que uma das convicções que possui é a prestação adequada do serviço de segurança pública depende da valorização dos policiais. Flávio falou do reforço quantitativo do efetivo e do investimento em equipamentos e disposição para o diálogo com a classe, ações que já constam no Programa de Governo registrado no TRE.
“Queremos ser ouvidos”
Durante o encontro, os presidentes dos Sindicatos e Associações representativas da Polícia Civil entregaram documentos com o quadro atual do sistema e contribuições para o Programa de Governo do candidato. Para o Sinpol, as prioridades são de uma política remuneratória para valorização dos policiais civis, a melhoria das condições de trabalho, retirada dos presos custodiados em delegacias e o aumento do efetivo policial. Hoje o número de policiais civis é apenas dois mil para todo o Estado.
“Precisamos urgentemente reverter a situação da segurança pública no Maranhão. Por isso, entregamos propostas que nós entendemos que sejam primordiais para implementar nos próximos quatro anos para reverter esse quadro. Queremos ser ouvidos, enquanto policiais, pois conhecemos a estrutura”, Heleudo Moreira, presidente do Sinpol.
Representando a Polícia Técnica, Anne Kelly Veiga também apresentou um documento com contribuições para o Programa de Governo e, mais uma vez, o pedido foi de disposição de diálogo com a categoria. “A gente sente uma resistência em ser ouvido por quem está a frente do Governo do Estado. Quem está na base é que sabe as dificuldades e as prioridades. Estamos confiantes no seu projeto político e esperamos que a gente consiga alcançar as nossas demandas”, declarou a presidente da Apotec em apoio a Flávio Dino.
Visão diferente
O delegado Amon Jessen, da Associação dos Servidores da Polícia Civil, avaliou que o sistema de segurança pública “está na UTI”. “Hoje a Polícia Civil está em uma situação extremamente difícil. A gente espera que você chegue lá e possa contemplar de alguma forma polícias Civil, Militar, o Corpo de Bombeiros e a sociedade”, disse.
Apontando as dificuldades do sistema penitenciário, o presidente do sindicato que representa a categoria, Antônio Portela, afirmou que faltam gestão e investimento. “Recurso tem, mas tem sido mal aplicado. As unidades prisionais continuam com um grau muito alto de criminalidade. Apenas este ano já são 20 presos mortos, 40 fugas e tudo que tem sido feito é apenas paliativo e não para resolver o problema. Nossa esperança é o Flávio porque é uma pessoa com uma visão diferente, que quer dialogar com a classe”, afirmou.