Marina diz que debate político sobre suas propostas é “perseguição”

A candidata, que tem defendido a “política do eu sozinho” e a liberalidade do sistema financeiro, chamou de “factoide” as críticas feitas ao seu plano de governo e se autointitulou “o símbolo da mudança”.

Ora, num processo político, e especialmente num momento eleitoral, é preciso debater as propostas. Os que propõem defendem e os adversários apontam as fragilidades. As declarações de Marina mostram que a candidata se coloca como vítima para fugir do debate e não evidenciar as contradições de seu plano de governo.

Transgênicos

Quando apontada como uma candidata que “muda de posição ao sabor das circunstâncias”, tendo como exemplo a sua posição sobre a soja transgênica, que Marina chegou a declarar que era contra a comercialização interna quando era ministra, e hoje defende o contrário, ela afirmou que não foi bem assim. Segundo a candidata ela na época defendia o “regramento” para a existência de dois modelos.

Mas quando os jornalistas perguntaram se iria facilitar a aprovação de insumos para a indústria agrícola, como os transgênicos e defensivos, Marina se esquivou dizendo que “que não vai dificultar e nem facilitar”. “Queremos incentivar sim a agricultura brasileira, ela é muito importante até para a segurança alimentar no mundo”, diz Marina.

Fala mas não explica

A candidata falou sobre as denúncias relacionadas à origem dos recursos que declarou ter recebido em palestras. Marina disse que deu “palestras de até mil reais” e o valor de R$ 1,6 milhão é bruto. Disse também que foi contratada para dar “palestras motivacionais”, pasmem, mas que não pode revelar quais são as empresas por força de contrato.

Sobre a propriedade e uso do avião de campanha que vitimou o candidato Eduardo Campos, Marina tentou encerrar o assunto afirmando que o PSB já passou as informações sobre os serviços que eram prestados pela aeronave.

Da redação do Portal Vermelho
Com informações da rádio CBN