Centrais tomam as ruas em apoio a Dilma e em defesa da CLT

Aconteceu nesta sexta-feira (26) a Mobilização Nacional pela Garantia dos Direitos Trabalhistas intitulado “Nem Que a Vaca Tussa!”. Convocado por lideranças sindicais das cinco centrais sindicais (CTB, CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB), a mobilização começou desde as primeiras horas da manhã, com a distribuição de materiais nas portas de fábricas e terminais rodoviários, atos nas praças e marchas em todos os Estados brasileiros.

Nem que a Vaca Tussa SP

“A classe trabalhadora mostrou que não vai permitir nenhum ataque aos direitos dos trabalhadores e reafirmou o apoio a continuidade do governo Dilma para garantir mais avanços e mais mudanças”, afirmou o presidente da CTB, Adílson Araújo, que participou dos atos em São Paulo, onde centenas de lideranças sindicais se reuniram em frente ao Teatro Municipal, na região central da cidade.

A mobilização foi convocada depois que a presidenta Dilma Rousseff, durante visita à cidade de Campinas, reiterou seu compromisso com os trabalhadores de que “nem que a vaca tussa” vai mexer com os direitos trabalhistas, principalmente no que se refere a direitos como 13º salário, férias e horas extras.

A declaração da presidente é diametralmente diferente do programa neoliberal proposta pela candidata Marina Silva (PSB) e do tucano Aécio Neves (PSDB).

O povo já decidiu: É Dilma

Trabalhadores ocuparam às ruas de Ouro Preto

Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, o povo já decidiu: “É Dilma! Vamos reeleger a presidenta que está ao lado dos trabalhadores, que tem compromisso com nossos direitos e não com os dos banqueiros e especuladores. Nem que a vaca tussa vamos permitir retrocesso”.

Já o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), é importante os sindicalistas pautarem a campanha eleitoral, colocando suas preocupações com o país. “Estamos com Dilma porque é melhor para os trabalhadores” finalizou.

Para o presidente da UGT, Ricardo Patah, o compromisso de Marina Silva com o sistema financeiro e a proposta de redução dos subsídios públicos e a terceirização são as maiores preocupações. Segundo ele, a terceirização deve ser olhada com muito cuidado para não precarizar as relações de trabalho.

“Em vez de ser contratado como mecânico ou outra função, o trabalhador será contratado como pessoa jurídica. Ele vai até a Prefeitura, abre empresa, emite nota fiscal”, afirma o sindicalista. Ele completa: “O resultado é adeus a férias, 13º, FGTS e outros direitos assegurados pela CLT. É uma espécie de trabalho escravo moderno, embalado em nota fiscal”.

Antônio Neto, presidente nacional da CSB, disse que a mobilização demonstrou que os trabalhadores repudiam os ataques ao pré-sal, pois atacar o pré-sal é atacar os trabalhadores que serão os maiores beneficiados com essa riqueza. E completou: “Os discursos dos candidatos demonstram uma grande vontade de retirar os direitos duramente conquistados pelos trabalhadores. Esse é o quarto assassinato de Vargas”.

Com informações de agências