Metalúrgicos do Rio fecham o melhor acordo do segundo semestre

Além do aumento, o acordo também garante vale-alimentação de R$ 400,00 e a inclusão do técnico com pagamento de piso profissional.

Outra conquista importante foi a Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) em Convenção Coletiva, que será de um salário nominal até o teto de R$ 3.800,00.No acordo anterior o valor era de R$ 1.190,00, ou seja, o metalúrgico teve um aumento de mais de 100% na PLR.

Os metalúrgicos comemoraram o resultado, pois o acordo foi um dos melhores do país, não somente entre os metalúrgicos de outros estados, mas também entre outras categorias.

Durante a assembleia, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro e Região, filiado à CTB, Alex Santos, destacou que a ação firme da entidade e o apoio dos trabalhadores foram fundamentais para o resultado, lembrando que a primeira contraproposta patronal era de 7,5% e R$ 300,00 no cartão alimentação.

Alex comparou com o Grupo-19, onde a única proposta apresentada até o momento é a recomposição de apenas 60% do INPC sem aumento real.

O sindicalista declarou que as negociações não foram fáceis, já que o patronato apontou as dificuldades enfrentadas por empresas do setor como a Eisa, no Rionave, em que os metalúrgicos cruzaram os braços por dois meses  contra o atraso nos salários. Mas ressaltou que a luta dos trabalhadores foi o que garantiu a pressão junto aos patões para arrancar o reajuste.

Para o diretor do setor naval, Anelsino dos Santos Bento, “a luta no Eisa mostrou para o Sinaval [sindicaot patronal] a nossa força”.

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) – que teve participação ativa no apoio aos trabalhadores da Eisa -, esteve na assembleia e apontou a disposição dos trabalhadores do setor naval. A parlamentar ainda valorizou a unidade de luta dos metalúrgicos.

Fonte: Sindimetal-RJ