Espanha quer evitar nova consulta pela separação da Catalunha

O governo espanhol impugnará uma consulta alternativa convocada nesta terça-feira (14) pelo presidente da Catalunha, Artur Mas, em substituição de um referendo independentista suspenso pelo Tribunal Constitucional, afirmaram autoridades do país.

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A vice-presidenta do governo, Soraya Sáez, disse a repórteres que todos devem cumprir a lei e não extrapolar o marco de convivência porque isso -sublinhou- levará a Catalunha e o Mas a uma situação insustentável.

Pouco antes o presidente do governo catalão informou que no dia 9 de novembro será realizada uma consulta cidadã convocada por seu governo sobre o futuro dessa região do norte espanhol, depois da suspensão do referendo convocado pelo parlamento regional.

“A nova proposta vai para além das competências das autoridades catalãs, o Governo central voltará a impugná-la no Tribunal Constitucional e não poderá ser realizada”, assegurou por sua vez o ministro de Justiça, Rafael Catalá.

Segundo o ministro de Justiça espanhol, os governos autônomos podem realizar consultas no âmbito de suas competências, mas se exceder esse âmbito incorre em vícios de inconstitucionalidade.

As autoridades espanholas opõem-se à iniciativa independentista porque consideram que se trata de um assunto de soberania e territorialidade e que a decisão corresponde a todos os habitantes do país e não a uma parte deles.

A respeito, o presidente do Congresso, Jesús Posada, afirmou que é ilegal a votação e disse que não há validade democrática na iniciativa do dia 9 de novembro, à qual atribuiu um caráter informal, sem valor diante da sociedade e como uma simples pesquisa.

Em suas declarações, Artur Mas também se expressou aberto a escutar propostas de eleições antecipadas pelos partidos interessados e considerou que essas eleições teriam caráter de plebiscito e de consulta definitiva.

Em declarações durante coletiva de imprensa, o presidente catalão assegurou que seu governo seguirá adiante no caminho da independência e pediu uma ampla participação da população no dia 9 de novembro.

Fonte: Prensa Latina