China envia remédio experimental e dinheiro para combate ao ebola

Uma empresa farmacêutica chinesa enviou para a África milhares de doses da droga experimental JK-05 desenvolvida para combater a febre mortal, segundo informa a Reuters.

China Ebola

Inicialmente, a droga será usada para tratamento de médicos chineses que possam contrair a infecção trabalhando na região, mais tarde está previsto proceder a ensaios clínicos, inclusive em pacientes africanos, disse à agência Ho Tsaisia, diretora-geral adjunta da empresa farmacêutica chinesa Sihuan Pharmaceutical Holdings Group.

A droga experimental JK-05 foi desenvolvida pela Academia de Medicina Militar da China para o exército chinês. A Sihuan Pharmaceutical está buscando oportunidades para entrar com essa droga no mercado de medicamentos.

No total, a febre hemorrágica infetou mais de 5 mil pessoas, tendo mais de metade dos casos de infeção sido registrados no último mês. O vírus ebola continua se propagando rapidamente no território da África Ocidental. Os países mais afetados até agora são: Guiné, Libéria e Serra Leoa. Cerca de 9 mil pessoas já foram infectadas com a doença.

O porta-voz do Ministério do Comércio da China, Shen Danyang, informou nesta quinta-feira (16) em Beijing que a China já enviou por três vezes assistências humanitárias, hoje estimadas em 234 milhões de yuans, a países afetados pelo ebola desde que o surto começou a expandir no Oeste da África no início do ano.

São materiais de resgate para a prevenção e controle da epidemia, alimentos, dinheiro, equipes médicas e laboratórios biológicos móveis. Cerca de 200 profissionais médicos chineses participam também do trabalho de resgate. Os materiais para os dez países vizinhos das regiões afetadas serão entregues em breve por via aérea.

Segundo Shen, o governo chinês e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), chegaram a um acordo para oferecer 2 milhões de dólares de assistência alimentar para Serra Leoa, Líbia e Guiné, através da FAO. Entretanto, a China ainda vai assinar um tratado de parceria em conjunto com a ONU e a Organização Mundial de Saúde (OMS), para doar mais 2 milhões de dólares em espécie a estes três países.

Shen Danyang prometeu que o governo chinês continuará oferecendo a ajuda que estiver ao seu alcance e promoverá a cooperação sino-africana de longo prazo no setor higiênico, para elevar a capacidade de prevenção e controle de epidemias dos países africanos, além de aperfeiçoar seu sistema de segurança de saúde pública.

Da redação do Vermelho,
com informações da Rádio China Internacional e da Voz da Rússia