Putin e Poroshenko fazem encontro sobre conflito na Ucrânia

O encontro entre os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Petro Poroshenko, da Ucrânia, em Milão, na Itália, aconteceu nesta sexta-feira (17), em busca de aliviar a tensão no Leste da Ucrânia.

Petro Porochenko

Os dois líderes foram recebidos pelo chefe do Governo italiano, Matteo Renzi, paralelamente ao Encontro de Cúpula Europa-Ásia, que começou nessa quinta-feira (16) em Milão.

A chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e os dirigentes da União Europeia, Herman Van Rompuy e Durão Barroso, também participam da cúpula, que visa a alcançar uma solução pacífica para o conflito.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que persistem sérias divergências entre Putin e a chanceler alemã, Angela Merkel, sobre a crise ucraniana.

“Ainda há sérias divergências relativas ao conflito interno na Ucrânia, bem como às causas do que está ocorrendo atualmente”, disse o porta-voz, após conversações entre os dois líderes.

O presidente russo encontrou-se com a chanceler alemã na noite dessa quinta-feira, em Milão, durante a Cúpula Europa-Ásia.

“Durante o encontro, que durou duas horas e meia, Putin e Merkel analisaram a aplicação dos acordos assinados em Minsk”, em 5 de setembro, que permitiram um cessar-fogo – violado com regularidade – no Leste da Ucrânia entre separatistas pró-russos e forças leais a Kiev, informou Peskov.

O presidente de Rússia, Vladimir Putin, avaliou como "bom e positivo" o encontro que realizou com seu homólogo ucraniano Piotr Poroshenko, à margem da Reunião Ásia (ASEM).
Dmitri Peskov, porta-voz do presidente russo, criticou que alguns líderes de outros países membros da ASEM carecem de qualquer vontade para entender os atuais acontecimentos do sudeste ucraniano.

Esclareceu que o tema das sanções da União Europeia (UE) contra Moscou não esteve na agenda do encontro de trabalho. Indicou que os líderes trocaram pontos de vista sobre um amplo espectro de temas vinculados com a implementação dos acordos de Minsk.

Peskov, sobre as negociações para o fim do conflito ucraniano, dentro da agenda da ASEM, ressaltou que são difíceis e cheias de contradições. Apesar desta realidade são úteis porque as partes estão trocando suas opiniões, acrescentou.

Peskov indicou que durante sua visita de um dia em Milão Putin programou vários encontros bilaterais.

Indicou que na tarde da quinta-feira realizou uma reunião com Merkel em Milão na qual analisaram em detalhe os problemas do envio de gás para o Ocidente através da Ucrânia e descreveram a situação "literalmente com uma pluma sobre o papel".

Peskov comparou a situação da Ucrânia com relação ao gás russo com a reação da Polônia em relação à venda a Kiev de seu carvão.

“Queremos ressaltar as notícias que chegaram da Polônia como um exemplo desta disputa pelo gás. Como nossos sócios poloneses reagiram ativamente quando entenderam que os ucranianos querem receber o carvão polonês livre de pagamento”, enfatizou o porta-voz.

Provavelmente este é o mais claro exemplo do que ocorre na esfera do gás. Os poloneses estavam impressionados e ainda não ocultam seu choque pelo carvão, mas ao mesmo tempo todos eles entendem perfeitamente bem o desejo de que o gás russo seja entregue livre de pagamento, criticou o porta-voz.

Com informações da agências