Trabalhadores belgas paralisam Bruxelas em protestos contra governo

Dezenas de milhares de trabalhadores paralisaram nesta quinta-feira (6) a cidade de Bruxelas, capital belga, em protesto contra a política de reformas econômicas e trabalhistas do novo governo belga, em exercício desde 11 de outubro.

Protesto para Bruxelas

Meios de comunicação locais estimam que o total de manifestantes foi acima de 100 mil, tendo participantes de todos os setores profissionais.

Os sindicatos belgas convocaram a marcha para condenar os planos econômicos do Executivo encabeçado pelo premiê Charles Michel, que consideram uma humilhação para os trabalhadores.

Segundo a Central Sindical Cristã, são inadmissíveis as propostas do governo para aumentar a idade mínima de aposentadoria, reduzir o orçamento destinado a programas sociais e os benefícios a trabalhadores de tempo parcial e a desempregados.

As principais demandas dos sindicatos são o reforço da segurança social, a conservação do poder adquisitivo, a criação de empregos de qualidade e a aplicação de um sistema fiscal mais justo.

Por causa dos protestos, o transporte em Bruxelas sofreu fortes limitações. Foram cancelados os serviços de viagens em ônibus, metrô e bonde.

A Polícia emitiu um comunicado solicitando aos cidadãos que evitassem se locomover por automóvel neste dia, por causa da grande quantidade de pessoas nas avenidas.

Por sua vez, as direções das escolas orientaram para receber os alunos, embora não houvesse pessoal suficiente para atendê-los por causa da greve.

Depois desta manifestação, outras similares terão início em diferentes províncias do país a partir do próximo dia 24, assinalaram os organizadores.

Fonte: Prensa Latina