Alemanha se opõe à concentração da força militar na região de Donbass

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, declarou que a concentração das forças militares no leste da Ucrânia não faz sentido, uma vez que o recurso à força que leve à confrontação militar irá afetar todos.

Frank-Walter Steinmeier

“Nesta situação, não faz sentido algum aumentar os arsenais de armas e se preparar para o prosseguimento da confrontação. Isto não adianta nada, estamos perdendo tempo”, acentuou, citado pela agência Reuters.

O vice-comandante das milícias, Eduard Basurin, disse em declarações à RIA Novosti que a RPD “não tem planos de atacar as posições das tropas ucranianas por estar observando os acordos de armistício, celebrados em Minsk”. “Se o exército ucraniano iniciar as hostilidades, as milícias terão de retaliar”, advertiu. Assinalou ainda que os milicianos estarem esperando provocações da parte de Kiev.

Enquanto isso, os observadores da OSCE anunciaram que teriam reparado em movimentações do material bélico pelo território da autoproclamada República Popular de Donetsk. Segundo asseverações de Basurin, as colunas com equipamento militares pertencem à RPD, enquanto a sua deslocação se devia à necessidade de fazer uma rotação dos grupos paramilitares depois de a parte ucraniana ter intensificado os ataques de artilharia contra os bairros residenciais de Donetsk.

As autoridades de Kiev estão realizando uma operação militar no leste da Ucrânia dirigida contra a população da região, descontente com o golpe de Estado ocorrido em fevereiro. Moscou classifica essa operação, que já provocou numerosas vítimas de ambos os lados, inclusive entre civis, como punitiva e apela a Kiev para que a cesse imediatamente.

No âmbito da reunião do grupo de contato trilateral (Rússia – Ucrânia – OSCE) para a regulação da crise ucraniana, realizada no dia 5 de setembro de 2014 em Minsk, as autoridades de Kiev e as autoproclamadas República Popular de Donetsk e República Popular de Lugansk chegaram a uma série de acordos, nomeadamente quanto ao cessar-fogo no leste da Ucrânia e a troca de prisioneiros.

Fonte: Voz da Rússia