Ministro de C,T&I visita construção de navio na China

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, visitou nesta quinta-feira (4), o estaleiro Guangzhou Hantong Shipbuilding and Shipping Co. Ltd., localizado em Xinhui (China), onde está sendo desenvolvido o navio de pesquisas Vital de Oliveira, que integra o projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (Inpoh).  

Relações Brasil-China - Divulgação/ MCTI

A embarcação deve chegar ao Brasil em julho de 2015, após passar pela fase de testes, adequações técnicas e instalação de equipamentos científicos, procedimentos que serão realizados em Cingapura.

"Visitamos hoje o navio Vital de Oliveira, que é um empreendimento conjunto do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com a Marinha, com apoio da Petrobras e a empresa Vale. Esse navio é de altíssima importância para o Brasil porque ele permitirá a pesquisa da plataforma continental do Brasil", disse Campolina.

"A chamada Amazônia Azul é uma área de aproximadamente 4,5 milhões de quilômetros quadrados, uma fronteira de recursos naturais desconhecida e que traz grande potencial econômico e científico para o país".

O nome do navio foi estabelecido em homenagem ao capitão-de-fragata Manoel Antonio Vital de Oliveira, morto na Guerra do Paraguai em 2 de fevereiro de 1867, no bombardeio a Curupaiti, a bordo do Monitor Encouraçado Silvado, do qual era Comandante.

A comitiva que acompanhou o ministro foi composta pelo diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Leonel Perondi (Inpe/MCTI), pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, o almirante-de-esquadra Sergio Roberto Fernandes dos Santos e o adido militar do Comando da Marinha na Embaixada do Brasil na China, o capitão-de-mar-e-guerra André Luiz de Mello Braga.

Participaram também da visita o embaixador cônsul geral do Brasil em Cantão, José Vicente da Silva Lessa, e o professor titular de Estruturas Oceânicas e Tecnologia Submarina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Segen Estefen.

Sobre o navio

Adquirido em 2013, o navio hidroceanográfico resulta do acordo de cooperação entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério da Defesa (MD), por meio da Marinha, a Petrobras e a empresa Vale.

A embarcação será equipada com o que há de mais avançado em termos de tecnologia, permitindo o acesso à parte geológica e biológica para experimentações e retirada de amostras.

Um dos equipamentos é o veículo de operação remota (ROV, na sigla em inglês), que irá operar a uma profundidade de 4 mil metros. A França, o Japão, a China e a Rússia são alguns dos países que possuem navios semelhantes, equipados com alta tecnologia e destinados a essa finalidade.

Quando chegar ao país, o navio será utilizado em estudos de caracterização física, química, biológica, geológica e ambiental de áreas oceânicas estratégicas do Atlântico Sul. Além de contar com equipamentos científicos, o Vital de Oliveira poderá abrigar até 40 pesquisadores.

Sobre o Inpoh

O Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (Inpoh) é resultado da articulação entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Marinha do Brasil, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e a Secretaria de Portos da Presidência da República.

O instituto agregará as atividades de hidroceanografia desenvolvidas no país e permitirá novas oportunidades para os cientistas e a pesquisa nacional. Além disso, capacitará o Brasil a ter coparticipação nas tomadas de decisão em fóruns globais sobre os oceanos, garantindo, por meio do conhecimento gerado, a conservação e o uso sustentável dos bens e serviços dos recursos hídricos nacionais.

O Inpoh funciona como uma organização social (OS) para atuar na coordenação das atividades pelo desenvolvimento científico e tecnológico do país e na expansão da base de conhecimentos sobre os oceanos e o seu uso sustentável, com ênfase para o Oceano Atlântico Sul e Tropical.

O instituto deve contar com pelo menos quatro centros de pesquisa, sendo dois focados em pesquisa oceanográfica (um no Nordeste e outro no Sul do país), um terceiro de pesca e aquicultura e outro na área de portos e hidrovias.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação