TV é o principal meio de informação do brasileiro, indica pesquisa

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) divulgou, no último dia 19 de dezembro, o levantamento quantitativo domiciliar sobre os hábitos de consumo de mídia pela população brasileira. A “Pesquisa Brasileira de Mídia 2015” (PBM 2015) revela que a televisão segue como meio de comunicação predominante, que o brasileiro já gasta cinco horas do seu dia conectado à internet e que os jornais são os veículos considerados mais confiáveis.

Joanne Mota, da Redação do Vermelho

uso da TV

De acordo com informações da Secom, o estudo foi realizado pelo Ibope, que ouviu a opinião de 18 mil entrevistas. De acordo com a pesquisa, 95% dos entrevistados afirmaram ver TV, sendo que 73% têm o hábito de assistir diariamente.

O estudo também apontou que o rádio continua o segundo meio de comunicação mais utilizado pelos brasileiros, mas seu uso caiu na comparação entre a PBM 2014, de 61% para 55%. Em compensação, aumentou a quantidade de entrevistados que dizem ouvir rádio todos os dias, de 21% em 2014 para 30% em 2015.

Para o uso da internet, a PBM 2015 indica alta, 48% dos brasileiros usa internet. O percentual de pessoas que a utilizam todos dos dias cresceu de 26% na PBM 2014 para 37% na PBM 2015. O hábito de uso da internet também é mais intenso do que o obtido anteriormente.

Outro dado apontado pela pesquisa é sobre o uso de aparelhos celulares como forma de acesso à internet já compete com o uso por meio de computadores ou notebooks, 66% e 71%, respectivamente.

O uso de redes sociais influencia esse resultado. Entre os internautas, 92% estão conectados por meio de redes sociais, sendo as mais utilizadas o Facebook (83%), o Whatsapp (58%) e o Youtube (17%).

A pesquisa ainda apontou que permaneceu estável o percentual de brasileiros que leem jornais ao menos uma vez por semana entre as duas rodadas da PBM: 21%. Apenas 7% leem diariamente, sendo a 2ª-feira o dia da semana mais mencionado pelos leitores (48%), e o sábado o menos mencionado (35%).

A escolaridade e a renda dos entrevistados são os fatores que mais aumentam a exposição aos jornais: 15% dos leitores com ensino superior e renda acima de cinco salários mínimos (R$ 3.620 ou mais) leem jornal todos os dias. Entre os leitores com até a 4ª série e renda menor que um salário mínimo (R$ 740), os números são 4% e 3%.

Sobre o impacto das tecnologia para leitura de jornais, a pesquisa identificou que ainda é baixo: 79% dos leitores afirmam fazê-lo mais na versão impressa, e 10% em versões digitais. Piauí, Ceará e Paraná são os estados commaior adesão às versões on-line dos periódicos, respectivamente, 39%, 25% e 22%. Amapá, Amazonas e Rio Grande do Sul, os estados com menor adesão, respectivamente, 2%, 3% e 3%.

Encontrou-se um cenário semelhante ao dos jornais em relação às revistas: 13% dos brasileiros leem revistas durante a semana, número que cresce com o aumento da escolaridade e da renda dos entrevistados. As versões impressas (70%) são mais lidas do que as versões digitais (12%). Maranhão, Piauí e Ceará são os estados com maior adesão às versões on-line, respectivamente,
29%, 22% e 21%. Acre, Roraima e Paraíba, os estados com menor adesão, respectivamente, 0%, 3% e 3%.

Os jornais continuam como os mais confiáveis

A confiança nos meios impressos cresceu, 58% confiam muito ou sempre, contra 40% que confiam pouco ou nunca. Na PBM 2014, esses valores eram de 53% e 45%.

Televisão e rádio encontram-se em empate técnico. No caso da TV, 54% confiam muito ou sempre, contra 45% que confiam pouco ou nada. No caso do rádio, 52% confiam muito ou sempre, contra 46% que confiam pouco ou nunca.

 Dentre os veículos tradicionais, a revista é o único que inverte essa equação: 44% confiam muito ou sempre, contra 52% que confiam pouco ou nunca. Já em relação às novas mídias, reina a desconfiança.

Sobre as notícias veiculadas nas redes sociais, a pesquisa indica que 71%, 69% e 67% dos entrevistados disserem confiar pouco ou nada nas notícias veiculadas nas redes sociais, blogs e sites.

Comunicação governamental

Sobre as formas de comunicação, o estudo mostrou que o programa “A Voz do Brasil” é a mais conhecida pelos brasileiros: 57%. Além disso, o conteúdo do programa é bem avaliado por quem o conhece: 45% consideram-no “ótimo ou bom”; 20%, “regular”, e 12%, “ruim ou péssimo”.

O trabalho de campo da PBM 2015 ocorreu entre os dias 5 e 22 de novembro de 2014, por meio de entrevistas domiciliares pessoais face a face, quando 300 entrevistadores aplicaram 85 perguntas a 18.312 pessoas maiores de 16 anos, em 848 municípios.

Acesse a íntegra da pesquisa aqui: