Rússia prioriza controle defensivo aeroespacial
O coronel Alexei Zolotujin, porta-voz das Tropas de Defesa Aeroespacial da Rússia, confirmou, nesta terça-feira (6), como uma prioridade desse corpo armado em 2015 o aperfeiçoamento do sistema de controle de informação na órbita terrestre.
Publicado 06/01/2015 16:07

Segundo a fonte, durante este ano esse aperfeiçoamento da informação terá a finalidade de garantir a segurança da atividade na microgravidade.
O especialista informou que cinco centros de controle do espaço por radares serão instalados em igual quantidade de regiões do território do estado eurasiático.
Moscou tem afirmado que prevê ter instalados em 2018 em várias regiões mais de 10 centros óticos e de radares de nova geração desse sistema de observação, que permitirão aumentar seu rendimento.
O objetivo deste complexo é prestar informação para eliminar as ameaças e garantir o funcionamento dos aparelhos russos na microgravidade, concluíram as fontes.
Recentemente, o vice-ministro de Defesa, Arkadi Bajin, declarou que a proteção aeroespacial tem de se configurar como núcleo da segurança nacional do Estado.
Esse ministério informou em novembro que o novo sistema de observação espacial denominado Okno, construído no Tadjiquistão para as Forças Armadas russas, concluiu exitosamente as provas estatais.
Este sistema ótico-eletrônico está localizado no país centro-asiático a 2,2 quilômetros sobre o nível do mar, na montanha Sanklok, segundo a fonte.
Destinado a recopilar dados sobre o espaço extraterrestre, este aparelho registra qualquer objeto a uma altura entre 2 mil e 40 mil quilômetros, e será o elemento principal do sistema russo de informação geral sobre o cosmos, informou-se.
O sistema de controle da microgravidade foi criado para observar satélites artificiais e outros objetivos, e seu banco de dados já possui nove mil elementos cósmicos conhecidos, destacou o serviço de imprensa do ministério da Defesa.
A Rússia moderniza seus arsenais em meio a crescente hostilidade dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que já instalaram forças em países fronteiriços, situação que não existiu nem nos piores momentos da Guerra Fria.
Como parte dessa atualização de efetivos e meios, a Armada russa disporá em 2025 de uma nova classe de destruidores denominados Líder, artilhados com sistemas de mísseis S-500 hipersônicos e antiespaciais adaptados para uso naval, capazes de derrubar satélites.
O diário oficial Gaceta russa comentou que a Marinha de Guerra encomendará 12 embarcações dotadas com esta nova geração de S-500 para que cumpram funções de ataque e defesa aeroespacial nas frotas do Norte e do Pacífico.
Fonte: Prensa Latina