São Paulo vive pior crise hídrica desde 1953

Em entrevista à imprensa, nesta sexta-feira (9), o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, afirmou que aquela que é a pior crise hídrica da história de São Paulo, vai se aprofundar em 2015.

Falta de água - Reprodução

Ele voltou a culpar o governo a má gestão para o setor e destacou que "não houve nenhuma recuperação dos mananciais, apenas uma redução na velocidade da queda", descreve. "Pelo lado otimista".

Ainda nesta sexta-feira (9), ao tomar posse, o novo presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Jerson Kelman, confimrou que que a crise hídrica que atinge o estado pode se agravar nos próximos meses.

“Seria irresponsabilidade no quadro que a gente está hoje, 9 de janeiro, olhar para frente com otimismo. Temos que estar preparados para o pior”, destacou em seu pronunciamento.

Falta d'água

Kelman disse que já passou instruções para reduzir ainda mais a retirada de água do Sistema Cantareira, que opera com 6,7% da capacidade dos reservatórios. O novo presidente assumiu que a medida deverá afetar ainda mais os consumidores. “Inescapavelmente, teremos algum tipo de sofrimento pela população”, ressaltou sobre os transtornos causados pela redução da pressão e volume, principalmente para os moradores de locais mais altos.

Kelman disse que até 2014 o pior cenário enfrentado pelo Sistema Cantareira havia ocorrido em 1953, quando a vazão média de entrada de água no sistema chegou a 56% da média histórica. “No ano passado nós tivemos 25%. Foi menos da metade do pior que já tinha acontecido”, enfatizou.

Da Redação do Vermelho
Com informações das agências