Ministros da área social vão propor a Dilma ações em conjunto

Os ministros da área social estão elaborando uma proposta que levarão à presidenta Dilma Rousseff, antes da reunião ministerial no dia 27, para reforçar a atuação de forma coordenada entre os diferentes ministérios, inclusive compartilhando orçamentos em algumas ações.

Dilma-Rousseff-durante-encontro-com-liderancas-do-PSD-no-Palacio-do-Planalto - Antonio Cruz/Agencia Brasil

A articulação inclui os Ministérios do Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social, Previdência, Saúde, Direitos Humanos, Política para as Mulheres, Igualdade Racial, Cultura. O grupo seria coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência.

"Houve uma tentativa nessa linha no primeiro mandato da presidente. Seria bom se retomássemos algo semelhante", disse à Reuters, nesta quinta-feira (15), a ministra dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti.

No início do primeiro mandato em 2011, a presidente dividiu o governo em quatro grandes áreas e nomeou ministros para coordenar as ações e funcionarem como gerentes, cobrando metas e desenvolvendo ações.

A iniciativa não durou nem um semestre e foi abandonada pela presidenta, que passou por um primeiro ano de mandato envolvida com mudanças ministeriais.

Ideli acredita que essa articulação conjunta do setor social é fundamental para atender às demandas dos movimentos sociais, ter uma ação de governo para o setor e dar musculatura a secretarias com orçamentos menores.

"É imprescindível que a gente reforce essa intersetorialidade", falou a ministra. Um exemplo, citado por ela, de que a ação conjunta poderia inclusive poupar recursos do governo seriam as ações governamentais para o período do Carnaval.

O Ministério da Saúde tem campanhas publicitárias focadas no uso de preservativos, a Secretaria de Direitos Humanos faz campanhas de conscientização para o público LGBT e de combate à exploração infantil e o Ministério do Turismo também tem suas iniciativas.

"Conversei com o Ministério da Saúde e do Turismo e vamos integrar as ações e dividir os orçamentos de publicidade", explicou Ideli, acrescentando que outras ações coordenadas podem ser mais eficazes do que cada ministro receber pautas de reivindicações dos movimentos sociais individualmente e atender demandas de forma separada.

Fonte: Correio do Brasil