Preços do petróleo têm semana de altas e quedas
As cotações do petróleo Brent, do Texas e o da OPEP situaram-se nesta semana nos mínimos dos últimos cinco anos, entre 41 e 45 dólares por barril, ainda que subiram quinta e sexta-feira.
Publicado 17/01/2015 16:24

Tais preços são mais de 60% mais baixo que em junho do ano passado, com operações que em algum momento tocam fundo e voltam a subir.
Esses movimentos fazem com que os observadores prevejam que só na segunda metade do ano poderão superar os 50 dólares, mas não voltarão aos 100 dólares, em alusão à média anual que marcou o barril entre 2011 e 2013.
Sobre essa base alguns afirmam que a cotação de 100 dólares passou à história, entretanto outros confiam em que é bem possível ou provável que esse valor volte a aparecer nos mercados internacionais a médio prazo, ou seja, em três a cinco anos.
O barril do petróleo Brent, de referência na Europa, terminou na semana com um aumento de 5,24% ao término das operações desta sexta-feira, depois de que a Agência Internacional de Energia (AIE) publicou em seu relatório mundial que há sinais de uma mudança de tendência.
Para o tonel de petróleo Texas (WTI) o preço quicou 5,27% e fechou em 48,69 dólares, com um ganho de 0,68 %, a primeira depois de sete semanas de quedas.
Por sua vez, a cesta da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) cotou-se em 43,14 dólares, o que representou um aumento de 1,49 dólares (1,50 %).
A AIE advertiu, também, que o forte abaratamento do ouro negro já afeta a produção, ao se informar que nesta semana as companhias Noruega e BP do Reino Unido se somaram a outras, como Shell e Chevron, às medidas de economia para atenuar a queda do preço.
Segundo a OPEP, o retrocesso do valor do petróleo se deve ainda ao excesso nos fornecimentos, uma demanda reprimida, um dólar mais forte, incertezas sobre o crescimento da economia mundial, e o impacto da especulação nos mercados de futuros.
Esse cartel que agrupa 12 países não conseguiu em sua última reunião no final de 2014 um consenso para reduzir sua oferta conjunta, fixada em 30 milhões de barris diários (mbd) como máximo, e decidiu manter essa cota.
Alguns analistas consideram que a OPEP sozinha pode fazer muito pouco, porque de rebaixar sua produção perde mercado e os Estados Unidos suplantariam esse espaço pelo forte aumento até mais de 12 mbd de petróleo.
Sobre o assunto se propõe que são os grandes produtores fora dessa organização os que devem diminuir a oferta.
No atual cenário petroleiro também apareceu nesta semana a contratação de supercargueiros para alojar petróleo no mar, como alternativa adotada pelas grandes companhias para enfrentar a super produção
Ante a superoferta que experimenta o mercado, empresas como Vitol, Trafigura e Shell alugaram navios cisterna por até 12 meses, algo incomum que também foi adotado em 2009 ante outra tendência à baixa das cotações do hidrocarboneto.
Analistas da JBC Energy em Viena comentaram que o armazenamento flutuante é uma solução emergente e que dará um respaldo temporário frente aos preços do petróleo nas próximas semanas.
Fonte: Prensa Latina