Sórdida e inaceitável, define Vannuchi a postura política de Marta

Sórdida, chocante, condenável e inaceitável. Esses foram os adjetivos usados por Paulo Vannuchi, ex-ministro de Direitos Humanos e atual diretor do Instituto Lula, para descrever a postura da também ex-ministra e senadora Marta Suplicy (PT-SP) em sua reente entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

Paulo Vannuchi Instituto Lula e ex-ministro dos direitos Humanos

Em entrevista à Rede Brasil Atual e Folha, Vannuchi afirma que Marta tem direito de divergir e sair do partido, “mas não o de fazer isso de uma maneira desastrada”. Segundo ele, Marta age dessa maneira porque tem interesse em sair do PT e ser candidata a prefeita de São Paulo em 2016 e “deve ter se sentido desestabilizada” com a escolha do deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) para a secretaria de Educação do prefeito Fernando Haddad (PT).


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O ex-ministro também repudiou a postura de Marta, que ainda no cargo de ministra da Cultura da presidenta Dilma Rousseff, articulou para tentar lançar Lula candidato em 2014. No entanto, Vannuchi considera que o maior erro de Marta foi expor o presidente Lula como adversário da candidata que ele foi o principal apoiador.

“O elemento sórdido – sem dúvida é um elemento sórdido, condenável, inaceitável da entrevista de Marta – […] foi expor Lula publicamente na versão de que o Lula, no fundo, é o grande adversário da [presidente] Dilma [Rousseff]”, salientou Vannuchi.

Para ele, a manobra de Marta é sórdida porque deixa para Lula duas opções: “Ou a de ficar quieto, e, ao ficar quieto, deixa a mídia alimentar que tudo o que ela fala é verdade; ou Lula se rebaixa, rigorosamente se rebaixa, e vem a público dizer 'olha, a Marta não me entendeu bem, nunca disse isso'".

Ele salientou que, diferente de Marta, o ex-presidente Lula acerta ao não responder tais sandices de Marta. “Lula realmente não tem que se colocar no mesmo nível de Marta, muito menos nesse momento de atitudes sórdidas”.

Com informações de agências