Em campanha salarial, aeroviários e aeronautas fazem paralisação

Infraero informa que greve durante uma hora envolveu operação em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro; categoria reúne-se em assembleia às 15 horas desta quinta-feira (22) para avaliar movimento.

Aeronautas e aeroviários em assembleia de paralisação - VIC MART/FOTOS PÚBLICAS

A paralisação dos trabalhadores da aviação tem cancelado e atrasado voos nos principais aeroportos do país. Em São Paulo, o movimento atingiu Congonhas, na zona sul da capital, Gru-Airport, em Guarulhos, e Viracopos, em Campinas. A interrupção dos serviços ocorreu entre as 6 e 7 horasde desta quinta-feira (22) e teve a participação de aeroviários que trabalham em solo, como agentes de atendimento, mecânicos e operadores de equipamentos, e aeronautas.

A paralisação visa pressionar as empresas aéreas a atender as reivindicações da categoria, que inclui a criação de piso para agente de check-in, vale-refeição de R$ 16,65 para jornada de trabalho de até seis horas, de R$ 22,71 para os demais, seguro de vida no valor de R$ 20 mil, cesta básica de R$ 326,67 e jornada de 36 horas semanais.

Os aeronautas pedem a definição de valores para as diárias internacionais, o fim do teto para o vale-alimentação, o pagamento para jornadas semanais acima de 44 horas, aumento de folgas mensais, a limitação de trabalho em madrugadas consecutivas, remuneração das horas de solo e plano de previdência privada.

Voos cancelados

No Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubtischek, segundo a Inframérica, concessionária que administra o aeroporto, dos 57 voos previstos, sete tiveram atrasos acima de 30 minutos, tanto na chegada quanto na partida. Um voo foi cancelado.

No Rio, o Aeroporto Santos Dumont registrou quatro voos cancelados e quatro atrasados, dos 14 previstos até as 7 horas desta quinta (22). O Riogaleão – Aeroporto Internacional Tom Jobim teve dois voos atrasados, dos 14 previstos até o horário. As informações são da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Em São Paulo, de acordo com a Infraero, Congonhas registrou 12 voos cancelados e 12 atrasados entre os 37 que estavam previstos desde o início da paralisação até as 8h. Viracopos teve quatro cancelamentos entre os dez voos previstos.

A TAM Linha Aéreas informou que, em decorrência do movimento, dos 43 voos programados para o período de greve pela companhia no aeroportos em que opera, 25 sofreram atrasos acima de 30 minutos.

A assessoria de imprensa do Gru-Airport informou que a Polícia Militar foi acionada para garantir a segurança de todos durante os protestos. Nesse aeroporto, dez voos tiveram atrasos superiores a 30 minutos, entre as 18 partidas que estavam programadas. Não houve cancelamentos. Há previsão de efeito cascata nesses aeroportos para os próximos voos.

A assembleia dos trabalhadores está marcada para as 15h de hoje. As categorias pedem reajuste de 8,5% nos salários e benefícios, além de reivindicar questões ligadas ao gerenciamento de risco do cansaço dos tripulantes e à segurança de voo.

Segundo decisão do ministro Barros Levenhagen, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), os grevistas devem manter, no mínimo, 80% do serviço durante a paralisação, inclusive no horário das 6 às 7 horas. A multa diária em caso de descumprimento é R$ 100 mil.

Fonte: Rede Brasil Atual