Líder iraniano recusa visão distorcida do Islã e laços com terrorismo
"Os jovens de países ocidentais devem compreender, sem preconceitos, o Islã e desvinculá-lo de qualquer manifestação de terrorismo", disse o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, em uma mensagem difundida hoje por meios oficiais.
Publicado 22/01/2015 14:42

"Não permitam que sejam apresentados, de maneira hipócrita, seus próprios terroristas recrutados como representantes do Islã", sublinhou o máximo guia da Revolução Islâmica iraniana, em uma carta com marcado propósito didático, dirigida à juventude da Europa e dos Estados Unidos.
Por causa das expressões de islamofobia na França e outras nações europeias, Khamenei assinalou que se dirigia às novas gerações por acreditar que "poderiam escrever a história desta atual interação entre o Islã e Ocidente com uma consciência mais clara e com menos ressentimento".
Nesse sentido, chamou os jovens a não perder a oportunidade de adquirir um "entendimento adequado, correto e não distorcido do Islã", como se espera de seu sentido da responsabilidade para a verdade.
Contrastou que, diferentemente dos líderes e autoridades governamentais de países ocidentais que "conscientemente, têm separado a política da justiça e a verdade", na juventude adverte que "o sentido da busca da verdade é mais vigoroso e persistente em seus corações".
O líder persa insistiu em desvincular o islamismo das expressões de terrorismo e aconselhou uma aproximação a esse credo a partir de fontes primárias e originárias, do livro sagrado do Alcorão e da vida do profeta Maomé.
Dessa forma, os jovens da Europa e da América do Norte poderão tomar distância da propaganda política que se empenha em apresentar essa religião como um "inimigo horrível" para exacerbar neles "horror e ódio".
Lamentou que a história do Ocidente esteja cheia de tentativas de danificar a imagem dessa religião e seja "marcada de vergonha pela escravidão e pelo período colonial, além de pesar pela opressão às pessoas de raçãs dieferentes e não cristãs".
Khamenei sugeriu questionar-se o que há por trás da política de difusão da fobia e do ódio que se centra no Islã e nos muçulmanos "com uma intensidade sem precedentes".
Fonte: Prensa Latina