Consumidores acreditam que governo vai reduzir a inflação, diz FGV
Consumidores ouvidos pela Fundação Getulio Vargas (FGV) acreditam que a inflação vai cair nos próximos 12 meses. De acordo com a pesquisa, o índice esperado para o período de um ano baixou de 7,4%, para 7,2% em janeiro.
Publicado 23/01/2015 11:27

Para o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), a mudança de expectativa dos consumidores indicam que as famílias passaram a acreditar em um maior compromisso do governo e do mercado com o controle de preços. Nos últimos 13 meses a expectativa dos consumidores tem ficado entre 7,2% e 7,5%, números que integram o maior patamar desde o início do levantamento.
A pesquisa mostra que, para 24,9% de um universo de 2,1 mil entrevistados, a inflação ficará entre 6,5% e 7% em 2015. Outros 23,2% acreditam que a variação de preços ficará entre 5,5% e 6,5% e uma parcela de 16,1% dos entrevistados apostam em uma inflação maior que 7% e menor que 8%.
Somada, a parcela que acredita que a inflação ficará abaixo do teto da meta do governo, de 6,5%, chega a 29,7%. Para 15,8% dos consumidores, a inflação vai superar 10%.
Fatos que não são notícia da grande mídia
O discurso de alta da inflação não é de hoje. No ano passado, principalmente durante a campanha eleitoral, a grande mídia insistiu que a inflação superaria, e muito, o teto da meta. No entanto, o governo Dilma tem a inflação média em 12 meses mais baixa desde o Plano Real. Os 6,41% da inflação do governo Dilma ficaram abaixo dos 6,65% de Lula e dos 7,39% de FHC, índice do primeiro ano de mandato.
No primeiro mandato de FHC taxa de inflação média anual era de 9,56%; no segundo mandato, a média foi 8,78%. O tucano entregou o país com uma taxa de 12,04% de inflação média no último ano de mandato, estourando em quase quatro vezes a meta.
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Da redação
Com informações da Agência Brasil