OSCE pede trégua de três dias no sudeste da Ucrânia

O presidente da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, o chanceler sérvio, Ivica Dacic, pediu nesta quarta-feira (4) uma trégua de três dias na cidade ucraniana de Debaltsevo para a evacuação de civis.

Tropas do governo central da Ucrânia em Donetsk

Dacic declarou que o cesse de hostilidades na citada localidade, centro de cruentos combates entre forças de autodefesa e o exército ucraniano nos últimos dias, deve ser empregado, ademais, para retomar as negociações de paz.

Debaltsevo, na autoproclamada República de Donetsk (RPD), ficou sem eletricidade, água e calefação no meio de um forte inverno, o que obrigou milhares de pessoas a fugirem de casa em um período de intensos combates.

Recentemente, projéteis de artilharia impactaram um hospital do bairro de Telstilchik, situado no sudoeste de Donetsk e com uma população de 300 mil pessoas.

De acordo com o ministério do Interior da RPD, uma pessoa morreu dentro do centro de assistência médica e outras quatro na rua, depois de uma bateria de foguetes disparada por um sistema Uragan, segundo essa fonte.

A União Européia (UE), que em seu momento apoiou violentos protestos em Kiev, os quais desembocaram em um golpe de Estado contra o presidente Vikor Yanukovich faz um ano, se uniu à OSCE na demanda de uma trégua.

Com o pretexto de punir a Rússia por suas posição na crise ucraniana, a UE impôs-lhe sanções unilaterais, incluídas contra as empresas, bancos e personalidades do estado euroasiático, que a sua vez respondeu com contramedidas.

Longe de procurar um cesse de hostilidades em cumprimento de um arranjo pactuado em setembro do ano passado em Minsk, com participação da Rússia, Estados Unidos e da UE, o governo do milionário presidente Petro Poroshenko voltou às ações ofensivas.

Desde abril passado, cerca de cinco mil pessoas morreram, quase todas civis, após as operações de castigo lançadas pelo exército e a Guarda Nacional, integrada em sua maioria por neofascistas, contra a população de Donetsk e Lugansk.

Fonte: Prensa Latina