China critica EUA após encontro de Obama com dalai lama

A China opõe-se aos países estrangeiros que recebem o dalai lama, disse nesta sexta-feira (6) um porta-voz do governo, depois do separatista chinês exilado ter sido visto em público com o presidente dos EUA, Barack Obama.

Bandeira da China

Pequim é "contra a interferência dos países estrangeiros nos assuntos internos da China, sob o pretexto de questões relacionadas com o Tibete", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, aos jornalistas, acrescentando que o dalai lama "está há muito tempo envolvido em atividades separatistas antichinesas, sob o pretexto da religião".

O porta-voz da chancelaria disse que a parte chinesa se opõe a que qualquer país realize um convite ao Dalai Lama para uma visita, pois irá interferir nos assuntos internos. “O dalai lama é um exilado que realiza ações separatistas contra a China, através da capa religiosa, e que o seu objetivo não poderá ser realizado mesmo que procure apoios políticos em todo o mundo".

O presidente norte-americano, Barack Obama, não recebeu o dalai lama durante o Café da Manhã Nacional de Oração e nem realizou um encontro oficial na Casa Branca, no entanto, deu as boas-vindas num discurso em Washington, capital dos EUA, nesta quinta-feira (5). "Quero cumprimentar especialmente um bom amigo", declarou.
 
O anúncio do encontro, no início da semana, desencadeou uma reação imediata de Pequim. "Nós nos opomos a qualquer contato, seja qual for a sua forma, entre um dirigente estrangeiro e o dalai lama", declarou Hong Lei.

Washington deve "agir nessa questão, levando em conta os interesses da relação bilateral" com a China, acrescentou o porta-voz.

Com informações da Agência Xinhua, Rádio China Internacional e Agência Brasil