Brasil quer fortalecer desenvolvimento rural sustentável

O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Claudio Puty, detalhou, durante a 38ª Assembleia de Governadores do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrário (Fida), que o Brasil quer ampliar ações de combate à pobreza no campo e fortalecer a autonomia econômica das mulheres que vivem em áreas rurais.

Brasil quer fortalecer desenvolvimento rural sustentável - Reprodução

Durante sua apresentação no evento, que foi realizado nos dias 16 e 17 de fevereiro, em Roma, Puty ainda destacou a importância do Fida como instrumento de apoio e financiamento a projetos voltados ao desenvolvimento rural sustentável no Brasil e no mundo.

O secretário lembrou que o Brasil tem obtido importantes avanços no combate à pobreza rural, por meio de políticas de transferência de renda, ações à produção e à comercialização voltadas aos pequenos agricultores – como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – e a construção de cisternas em áreas rurais, especialmente no semiárido.

O secretário também apontou que o Brasil tem trabalhado para melhorar a autonomia das mulheres do campo. O País tem adotado ações voltadas à documentação das trabalhadoras rurais, de forma a garantir acesso às políticas de crédito e de regularização fundiária, entre outras ações.

Puty destacou ainda que o Brasil conseguiu sair do "mapa da fome" elaborado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Fida

O Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrário foi criado em 1977 como um dos principais resultados da Conferência Mundial sobre Alimentação de 1974. Atualmente ele possui 173 países-membros.

O Fundo tem por objetivo apoiar, primordialmente, projetos e programas especificamente desenhados para introduzir, expandir ou melhorar sistemas de produção de alimentos e fortalecer políticas e instituições relacionadas no âmbito das prioridades e estratégias nacionais, levando em consideração:

A necessidade de aumentar a produção nos países mais pobres com déficit alimentar;

O potencial para elevar a produção de alimentos em outros países em desenvolvimento;

A importância de melhorar o nível nutricional e as condições de vida das populações mais pobres nos países em desenvolvimento.

Os recursos provêm de contribuições voluntárias dos países participantes e são recompostos a cada três anos. O Brasil é membro fundador do fundo e participou de todas as recomposições de recursos ao mesmo. O país já aportou US$ 56,38 milhões ao Fida.

Agenda

O secretário Claudio Puty permanecerá em Roma para reuniões com o diretor-geral da FAO, José Graziano Silva, com o diretor-executivo do PMA, Amir Abdulla e com o presidente do Fida Kanayo Nwanze.

Puty será recebido ainda pela embaixadora Maria Laura da Rocha, responsável pela representação do Brasil junto à FAO (Brafao), entidade com sede em Roma.

Fonte: Ministério do Planejamento