O pacote de bondades de Cunha aprovado pela Câmara

A Mesa Diretora da Câmara aprovou nesta quarta-feira (25), o reajuste de diversas verbas parlamentares num festival de bondades, parte das promessas feitas por Eduardo Cunha, do PMDB-RJ, em eleição para a presidência da Casa.

Eduardo Cunha - Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Desta forma, os preclaros parlamentares terão reajuste na verba de gabinete, que passa de R$ 78 mil para pouco mais de R$ 92 mil. Por mês. Outra boa verba é o auxílio-moradia, que vai de R$ 3,8 mil para R$ 4,2 mil.

O cotão, que é a alcunha da verba indenizatória, teve reajuste de 8%, indo de quase R$ 28 mil para pouco mais de R$ 30 mil. Esta verba tem este valor para os deputados do Distrito Federal, os que recebem menos, sendo o maior destinados aos de Roraima, que passam dos quase R4 42 mil para quase R$ 45 mil.

Este pacote aprovado pela Mesa é parte integrante das promessas de campanha do deputado Eduardo Cunha, do PMDB-RJ, para a presidência da Casa. Mas a grande bondade, também prometida em campanha, foi a aprovação do dispositivo estabelecendo que cônjuges de deputados terão direito a usar passagens aéreas pagas pela Casa entre seus estados de origem e Brasília.

A Mesa aprovou também a criação das secretarias de Comunicação e de Relações Institucionais, que serão ocupadas por deputados. Uma se encarregará da comunicação social da Casa e a outra cuidará da relação com outros parlamentos. Eduardo Cunha disse que a estrutura existente na Casa, na área de comunicação, ficará subordinada à Secretaria de Comunicação.

“Ninguém está tirando funcionário concursado de nada. A mudança é que a TV terá de cumprir a atividade parlamentar. Ela não tem de competir com TV aberta, ter programa de chorinho. Ela tem de cumprir a atividade parlamentar”, disse o presidente da Câmara à Agência Brasil. Cunha acrescentou que não serão criados cargos para atender às duas secretarias.

Cunha calcula que o impacto das novas medidas não deve atingir 5% do orçamento total da Casa. O orçamento atual é de R$ 3,385 bilhões e as mudanças devem resultar em gastos de R$ 151 milhões. Ele garantiu que as iniciativas não implicarão em aumento de despesas, já que estão previstos cortes em contratos de serviços terceirizados e de informática. “Não estou aumentando verba, mas corrigindo os valores”, completou, ressaltando que eles valem a partir de abril.

Fonte: Jornal GGN, com informações da Agência Brasil