Mulheres se mobilizam em defesa de igualdade de direitos

Milhares de feministas alegraram as ruas da capital paulista no último domingo (8) – Dia Internacional da Mulher. “Somos mais da metade da população e queremos nossos direitos respeitados. Queremos uma vida digna, sem medo. Queremos trabalhar e receber salário justo. Queremos a felicidade dos olhos de uma mãe que ama, que afaga, mas que luta por seus direitos”, afirmou a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, Ivânia Pereira.

Passeata da CTB - Reprodução

Voz corrente em todas as mulheres presentes foi o grito pela legalização do aborto e a punição rigorosa aos estupradores e molestadores. “Cerca de1 milhão de abortos são praticados no Brasil e nas piores condições, expondo as mulheres ao risco de morte”, denuncia Maria das Neves, da União Brasileira de Mulheres (UBM).

Além disso, emenda Ivânia, “aproximadamente 5 mil mulheres são assassinadas anualmente no país, em geral, pelos próprios parceiros e em casa”. A sindicalista realça também o crescente número de estupros porque “para muitos homens a mulher não passa de propriedade privada e objeto”, denuncia. “E a mídia reforça essas ideias cotidianamente”. Segundo Ivânia, “a CTB não se cansa de denunciar essas atrocidades e de lutar pela democratização dos meios de comunicação, onde todos os setores da sociedade possam se expressar”.

A veterana ativista Ana Martins, da UBM defendeu a participação de todas as presentes no ato que acontecerá nesta a sexta-feira (13) em Defesa da Democracia, da Petrobras e do Emprego, “contra a manipulação golpista daqueles que perderam no voto e agora querem ganhar no grito. Não passarão”, acentuou.

Já Ivânia fortaleceu o slogan das feministas: “Nenhum direito a menos, todos os direitos a mais”. Para ela, “o Brasil tem avançado em leis que punem os violadores dos direitos das mulheres, mas ainda precisamos avançar”, reforça. “Há necessidade de termos mais creches diuturnas e noturnas para as mães poderem trabalhar tranquilas. Precisamos de salários iguais por funções iguais”.

A dirigente da CTB ressalta que “em pleno século 21, as mulheres ainda são aviltadas em seus direitos, em suas vidas, porque ainda há homens que têm medo do novo e o novo está com as mulheres”.

Fonte: CTB