Ofensiva militar africana avança no combate ao Boko Haram
A ofensiva militar lançada no fim de semana pelo Tchade e pelo Níger conseguiu recuperar a cidade de Damask, uma cidade na fronteira do Níger, dos terroristas do Boko Haram, matando cerca de 200 militantes do grupo sectário. De acordo com fonte dos serviços de segurança do Tchade, a ofensiva militar terminou com o controle de Damask pelo Boko Haram, que se prolongava desde novembro. Dez pessoas morreram, entre os soldados do país, e 20 ficaram feridas.
Publicado 09/03/2015 15:53

A ofensiva, que se seguiu a uma união de tropas no Sul do Níger, abriu nova frente nos esforços regionais para combater o grupo islamita, cuja atividade nos últimos seis anos já ultrapassou as fronteiras da Nigéria, de onde é originário.
Veículos militares com soldados cruzaram nesta segunda-feira (9) a fronteira nordeste da Nigéria, segundo informaram oficiais e testemunhas.
A intensificação do combate conjunto dos países africanos contra os jihadistas nigerianos acontece semanas antes de os eleitores da Nigéria irem às urnas. Muitos temem uma escalada de violência no dia da eleição. O grupo já realizou ataques em países vizinhos que prometeram ajudar a Nigéria a vencer os extremistas.
O brigadeiro general tchadiano Zakaria Ngobongue disse nesta segunda-feira que seus soldados, juntamente com tropas do Níger, já haviam entrado na Nigéria. Ele negou-se a dar detalhes sobre a operação, mas disse que as forças do Tchade já haviam deixado Camarões.
Há quase seis anos o Boko Haram vem lutando contra o governo nigeriano com o objetivo de fazer valer a lei da xariá em todo o país. No sábado (7), os jihadistas declararam a formação de uma aliança com o Estado Islâmico no Oriente Médio, elevando os temores de que o conflito possa se internacionalizar.
O ministro da Defesa de Camarões, Edgard Alain Mebe Ngo'o, disse que as tropas da Nigéria e do Chade lutarão contra o grupo extremista nigeriano, enquanto soldados de Camarões e do Níger farão patrulhas em suas fronteiras para evitar que os militantes escapem.
Mais de 13 mil pessoas morreram e cerca de 1,5 milhão estão desalojadas após as ações do Boko Haram desde 2009.
Do Portal Vermelho, com infomações da Agência Brasil e da Agência Sputnik