Renato Duque decide ficar em silêncio durante depoimento em CPI

Em depoimento na CPI da Petrobras, nesta quinta-feira (19), o ex-diretor de serviços da estatal Renato Duque exerceu o seu direito constitucional de permanecer em silêncio, apenas se manifestou para afirmar que sua mulher nunca se encontrou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou com o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.

Renato Duque

A 'insuspeita' revista Veja disse em “reportagem” que a mulher de Duque procurou Okamotto para falar sobre a prisão do marido em novembro de 2014. "Minha esposa nunca esteve com o presidente Lula ou com o senhor Okamotto. Não conhece, nunca conheceu”, disse Duque. “Estou respondendo a essa pergunta, contrariando a orientação dos meus advogados, [porque] estou vendo o deputado Onyx [Lorenzoni (DEM-RS)] falando que tem que colocar minha esposa aqui. Eu estou entendendo [isso] como uma ameaça”, declarou.

No depoimento de mais de quatro horas, Duque disse estar “tranquilo” e que provará sua inocência nas denúncias de corrupção envolvendo o esquema investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). “Eu me recusei a responder às perguntas da CPI por orientação da minha defesa, isso não significa que eu seja culpado”, disse Duque.

A CPI se reúne novamente na terça-feira (24) para avaliar a possibilidade de audiências públicas de oitivas pelos sub-relatores. Também já decidiu a ordem dos próximos depoimentos: o empresário Júlio Faerman, ex-representante da SBM Offshore (dia 26); Glauco Legati, gerente da refinaria Abreu e Lima (dia 31 de março); e Hugo Repsold, diretor de Gás e Energia da Petrobras (dia 7de abril).

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Do Portal Vermelho, com informações da Agência Brasil