A privataria tucana e as contas secretas do HSBC na Suíça

Um dos destaques na chamada lista dos mais de 8 mil nomes de empresários, políticos e celebridades com contas secretas do HSBC da Suíça, é o nome Steinbruch. Reportagens publicadas no fim de semana dão conta de que a família Steinbruch possuía nada menos que US$ 543 milhões depositados na filial de Genebra.

Benjamin Steinbruch - AE

Artigo publicado no Brasil 247 resgatou a trajetória do principal membro do clã Steinbruch, o Benjamin que ampliou seu patrimônio na era das privatizações, durante os oito anos do governo FHC.

“Antes dos anos 1990, os Steinbruch possuíam apenas um grupo têxtil, o Vicunha, que enfrentava as dificuldades decorrentes do processo de abertura econômica”, lembra o artigo do 247.
De fato, durante os anos de governo tucano, Benjamin deu uma grande guinada nos negócios. Nesse período o grupo Vicunha comprou a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Light e a Vale do Rio Doce.

Nesse período, destaca o 247, Benjamin contratou em 1995, ou seja, no primeiro ano do governo FHC, Paulo Henrique Cardoso, filho de ex-presidente tucano, como “assessor especial”.

Apesar da grande mídia estampar em suas manchetes as relações contratuais de José Dirceu com empresas do setor privado, no caso do filho de FHC a mesma mídia trata apenas como um grande negócio.

“A identificação com o poder tucano não é apenas retórica. Steinbruch é amigo há vários anos de Paulo Henrique Cardoso, o filho mais velho do presidente da República. Até fevereiro, empregava o "primeiro-filho" na Diretoria de Comunicação e Marketing da CSN. Agora, Paulo Henrique está na Light", dizia reportagem da Folha, em 1995, tratando Steinbruch como o primeiro “megaempresário” gerado na era tucana.

A mesma matéria também afirmava que Benjamin cultivava outros dois nomes fortes do tucanato: David Zylberstajn (secretário estadual de Energia e "primeiro-genro", casado com Beatriz Cardoso) e Andrea Matarazzo (presidente da Cesp), amigo há mais de 20 anos e frequente conselheiro.

O artigo publicado pelo 247 também resgata que a mídia na época afirmava que “o aconselhamento de Paulo Henrique Cardoso foi crucial para que o BNDES se associasse a Steinbruch na compra da Light”. As influências políticas quando feitas por tucanos é chamada de “aconselhamento” garantindo que esse fosse o consórcio vencedor.

O artigo também lembra da participação de Steinbruch na privatização da Vale, em que o empresário foi apoiado pelos fundos de pensão estatais, mas em contrapartida teria recebido um pedido de propina do ex-tesoureiro do PSDB, Ricardo Sérgio de Oliveira.

Do Portal Vermelho, com informações do Brasil 247