EUA e Ucrânia iniciam treinamento militar apesar de Acordos de Minsk

Os treinamentos militares conjuntos ucraniano-americanos Fearless Guardian – 2015 começam nesta segunda-feira (20) na região de Lvov, na Ucrânia, disse o serviço de imprensa do Ministério da Defesa da Ucrânia.

Soldados americanos na Ucrânia

“Na segunda-feira, dia 20 de abril, no centro internacional de manutenção de paz e segurança da Academia de Forças de Infantaria Hetman Pyotr Sagaydatchny (povoado de Starichy, distrito de Yavorov, região de Lvov) terá lugar a cerimônia de abertura dos exercícios ucraniano-americanos”, diz-se no comunicado.

O embaixador americano na Ucrânia, Geoffrey Pyatt, informou em 17 de abril que um grupo de paraquedistas norte-americanos havia acabado de chegar à Ucrânia.

“Estou satisfeito com o fato de que uma equipe de profissionais dos EUA e da Europa Ocidental chegou à Ucrânia para realizar treinamentos conjuntos. São treinamentos tradicionais que nós realizamos há muitos anos”, frisou.

O Estado-Maior da operação especial no Leste da Ucrânia ressaltou que os militares americanos irão preparar os colegas ucranianos, principalmente, para missões de caráter defensivo.

Anteriormente o porta-voz do Pentágono coronel Steve Warren tinha manifestado que 290 soldados da 173ª brigada de paraquedistas dos EUA (173rd Airborne Brigade Combat Team, em inglês), baseada na cidade italiana de Vicenza, irão treinar três batalhões da Guarda Nacional ucraniana.

O caráter defensivo dos treinamentos já foi questionado pelo World Socialist Web Site que destacou o fato que 173ª brigada de paraquedistas dos EUA ser especializada em operações ofensivas e de assalto no ar.

Além disso, a presença de militares americanos na Ucrânia viola diretamente os acordos de Minsk, nomeadamente o 10º ponto, que prevê “a retirada de todas as unidades armadas e material bélico estrangeiros, assim como dos mercenários, do território da Ucrânia, sob a supervisão da OSCE, bem como o desarmamento de todos os grupos armados ilegais”. Resumindo, é difícil dizer como essas ações dos EUA contribuem para o processo de paz na Ucrânia.

Fonte: Agência Sputnik