CPI: Empresário derruba tese do MP de que doações ao PT foram ilegais
O empresário Augusto Mendonça Neto, da Setal Óleo e Gás, uma das empresas investigadas pela Operação Lava Jato, afirmou esta semana, em depoimento à CPI da Petrobras, que as doações que ele fez ao Partido dos Trabalhadores foram legais e estão registradas na contabilidade da sua empresa.
Publicado 26/04/2015 14:30
Para o deputado Leo de Brito (PT-AC), a afirmação de que as contribuições ao PT são legais e estão oficialmente registradas nas contas da empresa derruba completamente a tese do Ministério Público de que as doações feitas ao PT são frutos de propina. “Fiz questão de perguntá-lo mais de uma vez se as doações eram legais e se estavam na contabilidade da empresa e a resposta foi afirmativa, contrariando a tese da Justiça de que as doações ao PT foram ilegais”, afirmou Leo de Brito.
Mendonça Neto, respondendo a questionamento de vários deputados, inclusive do relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), afirmou que foi ele quem procurou o Diretório Nacional do PT, a pedido do então diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, para fazer as doações. “Eu fui procurar o João Vaccari Neto (ex-secretário de Finanças do partido) no escritório do PT dizendo que tinha interesse em fazer contribuição para o partido e ele me indicou qual era a forma legal de fazer as doações”, contou. Ele frisou que as doações foram de sua iniciativa. “Vaccari não me pediu benefícios”, enfatizou.
Fonte: Boletim do PT na Câmara