Em ato unificado, sindicatos protestam contra terceirização no Rio

Para marcar o Dia do Trabalhador, comemorado nesta sexta-feira (1º/5), diversos sindicatos do Rio de Janeiro e movimentos sociais promovem neste momento um ato nos Arcos da Lapa contra o Projeto de Lei (PL) 4330, aprovado na Câmara dos Deputados e em análise no Senado, que permite a terceirização nas atividades-fim.

Ato 1º de maio Rio de Janeiro

A concentração para o ato político-cultural 1º de Maio Unificado sob o lema "Em Defesa dos Direitos, da Democracia e do Combate à Corrupção!", reuniu todas as centrais sindicais do estado e partidos políticos de esquerda, além de movimentos sociais.

“A verdade é que a PL 4330 acabou unindo mesmo as pessoas e movimentos sindicais que tinham divergência. Nesse momento, o maior interesse nosso é a garantia das leis e avançar. Esse projeto leva o Brasil a uma situação anterior à CLT [Consolidação das Leis do Trabalho], uma legislação que não está atualizada, mas ainda é boa em muitos aspectos. Esse projeto desmonta a CLT, ele é inconstitucional. A gente vai ter muita luta, porque a ideia do Eduardo Cunha [presidente da Câmara dos Deputados] é entregar ao empresariado o direito dos trabalhadores”, afirmou o diretor de Comunicação da CUT-RJ, Edson Munhoz.

Para Munhoz, o projeto será modificado no Senado. “A composição do Senado é diferente, a gente nunca teve uma Câmara dos Deputados, que eu tenha conhecimento, tão reacionária, tão de direita, com tantos empresários, com tanta representação do patrão como tem agora. Além disso, não existe uma disposição do presidente do Senado de brigar e bater de frente como tem o Eduardo Cunha com o governo da Dilma. E a gente tem certeza que se passar dos dois, a Dilma vai vetar”, declarou o sindicalista.

O bancário Antonio Vazques levou um enorme boneco da presidenta Dilma Rousseff ao ato. “Estamos aqui hoje no 1º de Maio para fortalecer a nossa presidenta Dilma Roussef, que precisa do nosso apoio para vencer essa direita ultrapassada, atrasada, uma direita lacerdista que não aprendeu que o Brasil tem que ser ponta de lança do planeta. O povo brasileiro tem inteligência, capacidade, coragem e trabalha para ser um país de destaque no mundo. Não adianta, os cães entreguistas lesa-pátria não vão vencer! Fora Eduardo Cunha, imperador romano”, disse.

Fonte: Agência Brasil