Dispersão de votos prevalece nas pesquisas eleitorais da Espanha

Alianças, ainda sem contornos precisos, são vistas como a única solução possível, segundo apontam diversos estudos, para as repetidas quedas de popularidade de alguns partidos na Espanha, como o Popular (PP) e o Trabalhador Socialista Espanhol (PSOE), vencedores das eleições nas últimas décadas.

Manifestação do Podemos na Espanha

Ambas as formações sofreram sério revés devido à crise econômica, já que a maioria dos eleitores culpa ambas agremiações.

Adicione a isso o surgimento e crescimento de partidos como o Podemos e o Ciudadanos. O primeiro com um programa mais próximo ao perfil democrático e social de esquerda e o segundo com uma linguagem de direita, mas com uma renovada linguagem.

De acordo com uma recente pesquisa, em Madri, o PP perdeu 43 por cento dos votos recebidos em 2011 e de 72 assentos conseguidos na assembleia regional deverá conseguir no próximo pleito entre 39 e 43.

Neste caso, no entanto, a direita pode manter o poder se o PP fizer um acordo com o Ciudadanos, o que permitiria a possibilidade de obter 30 assentos.

Em Barcelona, capital da Catalunha (onde apenas eleições municipais serão realizadas), a divisão de votos aponta para uma tríplice aliança para poder governar, ou seja, nem mesmo um acordo bipartidário alcançaria a maioria qualificada.

Uma pesquisa preparada pelo Gabinete de Estudos Sociais e opinião pública estimou que o partido que governa, Convergência e União, terá de 10 a 11 vereadores, seguido pelo Barcelona en Comú, um grupo de organizações sociais e partidos de esquerda, terá entre 8 e 9 assentos.

A soma dos votos dos dois grupos, no entanto, está abaixo dos 21 assentos que garantem maioria, o que exigiria o apoio de um terceiro partido para um governo estável.

Fonte: Prensa Latina