Sem negociação, servidores do Paraná ameaçam iniciar greve geral

Mesmo com a intensa mobilização dos servidores públicos do Paraná, o governo de Beto Richa (PSDB) não apresentou uma proposta de reajuste salarial na reunião que ocorreu na tarde desta terça-feira (12), no Palácio das Araucárias, sede do governo, em Curitiba. Com a falta de acordo, representantes dos trabalhadores ameaçam entrar em greve.

Assembleia dos professores do Paraná - Wilson Dias

Durante a reunião, pelo menos mil pessoas protestaram do lado de fora do Palácio, para pressionar o governo a apresentar uma proposta. A administração estadual, no entanto, se limitou a chamar os servidores para uma nova reunião, na próxima terça-feira (19), quando então apresentaria um índice de reajuste.

O Fórum dos Servidores Estaduais (FES) se negou a participar do encontro e informou que só comparecerá se o governo apresentar uma proposta até quinta-feira (14), pois farão uma assembleia no dia seguinte para decidir se deflagram greve. “Não tem mais reunião. Queremos um índice e pronto”, disse a representante do fórum e diretora de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná, Marlei Fernandes, em entrevista ao jornal Gazeta do Povo.

De acordo com Marli, durante a reunião os servidores apresentaram argumentos técnicos comprovando que é possível conceder ao menos a reposição da inflação, calculada em 8,17% (pelo IPCA) aos servidores estaduais. Do governo, estiveram presentes a secretária de Administração e Previdência, Dinorah Nogara, e a secretária da Educação, Ana Seres Trento Comin.

Essa foi a segunda reunião entre servidores e governo para discutir o reajuste salarial dos trabalhadores. Na primeira, realizada no último dia 5, o governo paranaense pediu um prazo maior para estudar um possível índice de reajuste. O posicionamento levou os professores a manter a greve.

Fonte: RBA