Governo intensifica combate ao contrabando
O combate ao contrabando aumentou significativamente nos últimos quatro anos e vai ter mais avanços daqui para frente. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, fez nesta quinta-feira (28) um balanço dos resultados obtidos com essa estratégia. Desde 2011, a Polícia Federal realizou 69 operações que tiveram 597 pessoas presas e apreenderam mercadorias ilegais.
Publicado 29/05/2015 09:01
“Temos intensificado nossas ações por meio do plano de fronteiras, principalmente com as operações Ágata e Sentinela”, afirmou Cardozo. “Se olharmos os números alcançados, veremos resultados impactantes e impressionantes.”
Segundo o ministro, houve um aumento do número de inquéritos resultantes das operações. Eles passaram de 1.109 em 2010 para 4.692 no ano passando – e, apenas em 2015, já são 1.083 inquéritos. Nesse período, os autos de prisão subiram de 1.151 para 1.688 ocorrências por ano. “Isso mostra o esforço para atacar as organizações criminosas”, afirmou.
O cigarro é um produto recorrente no contrabando. Cardozo informou que os números de apreensões desse item saltaram de 3,067 milhões de unidades, em 2010, para 4,528 milhões no ano passado. Segundo o ministro, o Brasil tem uma grande tarefa de vigiar e fiscalizar 16.000 quilômetros de fronteiras terrestres e 8.000 marítimas.
Novas ações
Cardozo disse que o governo está investindo em equipamentos para melhorar a fiscalização contra os produtos contrabandeados. São “scanners” que permitem inspecionar ônibus e caminhões usados para transporte de produtos ilegais. Também são utilizados os VANTs, os veículos aéreos não tripulados, que fazem a vigilância das regiões de fronteira.
“Em vista do tamanho das nossas fronteiras por terra e pelo mar, só se enfrenta o contrabando com um trabalho de inteligência”, ressaltou.
O ministro citou o projeto Beira-Foz, que será implantado na região da tríplice fronteira do Brasil com a Argentina e o Paraguai. A ideia é reurbanizar uma faixa de 12 quilômetros e impedir que os contrabandistas cheguem ao País com barcos trazendo suas mercadorias ilegais. “Nós até já designamos um delegado da Polícia Federal para cuidar unicamente do projeto.”