CTB defende Revolução Bolivariana em Conferência da OIT

A CTB participa da 104ª conferência internacional da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que ocorre de 1 a 13 de junho em Genebra (Suíça). Sob a liderança do presidente Adilson Araújo, pela primeira vez, os classistas constituíram uma delegação, numa demonstração de que a Central está elevando o seu protagonismo na política internacional.

Por Divanilton Pereira*, no Portal da CTB

Divanilton Pereira - CTB

Esta conferência ocorre em um momento de aprofundamento da crise capitalista, do transcurso de uma transição na geopolítica que, em seu conjunto, produz um ambiente político de muitas tensões e incertezas.

Apesar do surgimento de novos blocos que abrem possibilidades progressistas à humanidade, a classe trabalhadora ainda vive uma situação defensiva frente a seus objetivos estratégicos.

É dentro desse contexto que o capital avança contra nossos direitos e nas conferências da OIT o empresariado tem pautado, consecutivamente, novas agressões aos direitos sociais e trabalhistas e até às organizações sindicais.

Este ano, destaca-se a continuidade da ofensiva contra o direito à greve e às políticas que promovam a valorização do salário mínimo nos países que têm esta prática.

No campo político, o consórcio imperialista instrumentaliza seus representantes diretos e indiretos e estes continuam a escolher nações, sobretudo, aquelas que não orbitam sobre a influência dos EUA. Foi assim contra Cuba que, sob falsos pretextos, sempre tentaram condenar a Revolução Cubana nas resoluções da OIT.

Agora o foco é a Venezuela onde o mesmo método é utilizado: apresentam supostos conflitos laborais para tentar viabilizar denúncias contra a organização sindical e o governo que caminha na ampliação dos direitos trabalhistas, principalmente, o aumento vertiginoso do salário mínimo, a redução da jornada de trabalho e o fim a terceirização.

Na verdade, é uma nova cortina de fumaça para encobrir os intentos de fragilizar a Revolução Bolivariana. Neste caso específico, lamentamos verificar que algumas entidades sindicais daquele país e a Central Sindical Internacional (CSI) reforcem essa “denúncia”. Uma estranha ação que tem o apoio dos empresários da Venezuela.

A CTB e a FSM reagiram energicamente a favor do povo e da Revolução Bolivariana. “Enquanto no Brasil o parlamento, com estranhos apoios sindicais, tenta aprovar o projeto de terceirização que desregulamenta e precariza as relações de trabalho, na Venezuela aprovou-se um novo código de trabalho que reduz a jornada de trabalho e proíbe a terceirização”, comparou o presidente da Central.

Além disso, denunciou o sindicalista, a liberdade sindical está garantida na constituição venezuelana. É por isso que os empresários estão em fúria contra o projeto bolivariano. A CTB segue solidária com o projeto inaugurado por Hugo Chávez e hoje conduzido por Nicolás Maduro.

Nesta conferência, realçamos também a agenda da Federação Sindical Mundial (FSM) durante esse período. A classista entidade da qual a CTB é filiada promoveu um seminário para defender o direito de greve e um ato pelos seus 70 anos.