Patrus destaca mecanismos para manter juventude rural no campo

O ministro conversou com os jovens, líderes rurais de diversos países da América Latina, na noite desta quarta-feira (10), em Brasília. O evento segue até a próxima terça (16).

Patrus destacou duas questões como fundamentais para evitar o êxodo da juventude rural. “A primeira é que a atividade agrícola seja efetivamente produtiva. A segunda é que os jovens tenham acesso a um conjunto de políticas públicas como educação, cultura, esporte e infraestrutura”. Segundo o ministro, os jovens são os que mais deixam o campo para viver na cidade.

O diálogo com a juventude durou mais de duas horas. O ministro contou sobre sua trajetória política e experiência acadêmica (Patrus é professor licenciado da Universidade Católica de Minas Gerais), e assistiu a uma encenação de um programa de rádio, chamado Vozes de La América, sobre a importância da produção agroecológica.

Patrus falou sobre as políticas públicas exitosas de combate à fome no Brasil, como o Programa Fome Zero e o Bolsa Família, e apontou alguns desafios a serem superados. Ao final, respondeu a perguntas sobre temas como acesso ao crédito, sucessão rural e migração para a cidade. “Estou muito feliz em conviver e ouvir esses jovens. Nós recebemos uma força muito grande para realizar a reforma agrária no Brasil e fazermos dos espaços da agricultura familiar espaços de vida, onde os jovens tenham prazer de viver e trabalhar”, concluiu.

Integração

Os jovens estão reunidos, em Brasília desde segunda-feira (8) para trocar experiências e discutir políticas públicas necessárias para o desenvolvimento rural da América Latina.

Agricultor familiar na cidade argentina de Machagai, Enzo Rodriguez, 24 anos, ressaltou a importância da integração com outros países. “Especialmente com o Brasil por ser pioneiro nas políticas para agricultura familiar.”

Xiomara Gongora, 24 anos, cultiva cacau, café e produz leite na Nicarágua. Para ela, o encontro promove a organização da juventude rural. “Isso nos fortalece. Muitos países ainda sofrem com a pobreza, e a juventude pode estar presente no tema da segurança alimentar”.

Participam da capacitação representantes da Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Costa Rica, El Salvador, Equador, Nicarágua, Paraguai, Uruguai e Venezuela.