Palestina apresentará relatório com crimes de Israel ao Tribunal Penal

Um relatório sobre os crimes de guerra israelenses na Palestina ocupada será apresentado na próxima semana, informou um funcionário do Ministério das Relações Exteriores.

Gaza - AFP

As informações serão entregues ao Procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) Fatou Bensouda para a discussão das violações do direito internacional realizadas por Israel, disse o porta-voz palestino Ammar Hijazi.

“O texto define o que Israel faz e por que nós pensamos que há motivos razoáveis para começar a acusação”, disse o porta-voz.

Entre as acusações está a agressão contra Gaza no ano passado, que matou cerca de 2.200 civis, a maioria mulheres e crianças, deixando mais de 11 mil feridos e aleijados e 100 mil desabrigados.

Na sequência da adesão da Palestina em abril ao TPI, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que não permitiria que militares ou funcionários em seu país fossem processados.

O Exército israelense ocupou a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém, Al Quds para os muçulmanos, na guerra de 1967 e, desde então, iniciou um processo de anexação de terras e construção de assentamentos paramilitares, além de reprimir a população local.

De acordo com a Quarta Convenção de Genebra a expropriação de terras e assentamento das comunidades humanas em um país ocupado é um crime de guerra.

Em novembro de 2013, a Assembleia Geral da ONU reconheceu a Palestina como membro observador, apesar da campanha contrária de Israel e dos Estados Unidos> No ano passado ganhou o reconhecimento de vários países, incluindo a Suécia e o Vaticano.